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Arquitetura combinável: como ela vai transformar a integração do e-commerce

Por: Anahy Zamboni

Jornalista, atua há mais de dez anos com criação de conteúdo, redação e copywriting. Já escreveu para segmentos, como: educação, saúde, beleza, nutrição, finanças e contabilidade. É especialista em Marketing Digital, Performance e SEO. Atualmente, escreve sobre Startups, SaaS, mercado de pagamentos e fintechs.

Se tem um setor dinâmico e que está em transformação constante é o e-commerce. Até poucos anos atrás, conceitos que hoje são tão comuns nem mesmo existiam. O Pix é um bom exemplo.

Tanto que, nesses poucos anos, o meio de pagamento e as carteiras digitais já estão superando os cartões de crédito na preferência dos consumidores. Além disso, todos os setores estão se aventurando cada vez mais para se diversificar e ir além dos canais de distribuição tradicionais, explorando novos terrenos como a venda direta.

A arquitetura combinável refere-se à prática de criar sistemas modulares, nos quais componentes independentes podem ser combinados de maneira flexível para atender às necessidades específicas de um negócio.

O ritmo da mudança no e-commerce não apenas está acelerando, mas todos os avanços exigem novas soluções tecnológicas. A arquitetura combinável surge como uma tendência que deve fornecer e suportar essas soluções. Isso porque as funções e os recursos do e-commerce, inclusive seus modelos de negócio, devem continuar se transformando e demandando atualização constante.

A demanda por se adequar a essas transformações rapidamente é o que vem levando grandes líderes do mercado a recorrer à arquitetura combinável como forma de construir e reconstruir suas capacidades comerciais, muito semelhante a uma criança que brinca com blocos de montar. Assim, as empresas vão respondendo eficientemente às tendências sem precisar operar grandiosas – e caras – mudanças.

Entendendo a arquitetura combinável

A arquitetura combinável refere-se à prática de criar sistemas modulares, nos quais componentes independentes podem ser combinados de maneira flexível para atender às necessidades específicas de um negócio. No contexto do e-commerce, isso implica a construção de uma estrutura que permite a fácil integração de diversos módulos e serviços, proporcionando uma abordagem mais ágil e eficiente.

E para entender como esse conceito é uma virada de jogo para o e-commerce, vamos considerar as limitações das plataformas tradicionais. As plataformas, claro, têm todo o seu mérito, mas é inegável que elas vêm com um conjunto predefinido de recursos e capacidades. Em muitos casos, as opções de personalização ou aprimoramento também são limitadas, o que impede fazer um redimensionamento ou trocar recursos quando as estratégias de negócio mudam.

Ao adotar uma abordagem modular e combinável, é possível adicionar, substituir ou dimensionar rápida e economicamente somente os recursos ou as funções que precisam ser alterados naquele momento. Com isso, geralmente o tempo de desenvolvimento e lançamento é muito mais curto em comparação a um processo monolítico.

Voltemos ao exemplo dos blocos de montar, no qual você elege quais “blocos” são melhores para a construção de cada categoria da sua gestão, considerando diversos fornecedores possíveis em vez de se apegar a uma única solução padronizada e de baixa flexibilidade.

Vantagens da arquitetura combinável

Flexibilidade e escalabilidade

Uma das principais vantagens da arquitetura combinável no e-commerce é sua capacidade de proporcionar flexibilidade. Ao adotar uma abordagem modular, as empresas podem ajustar e personalizar suas plataformas de acordo com as demandas do mercado e as mudanças nas preferências dos consumidores. Além disso, essa flexibilidade facilita a escalabilidade, permitindo que os negócios cresçam sem comprometer a eficiência operacional.

Integração simplificada de terceiros

A arquitetura combinável simplifica a integração de serviços de terceiros, facilitando a incorporação de novos recursos e funcionalidades à plataforma de e-commerce. Isso é crucial em um ambiente onde a inovação contínua e a adaptação rápida são imperativas para manter a relevância no mercado.

Eficiência operacional aprimorada

Ao adotar uma abordagem de arquitetura combinável, as empresas podem evitar a rigidez associada a sistemas monolíticos. Isso resulta em uma eficiência operacional aprimorada, pois as atualizações e os ajustes podem ser implementados de maneira mais ágil, sem a necessidade de modificar toda a estrutura da plataforma.

Como implementar a arquitetura combinável

Postas as vantagens da arquitetura combinável, é fundamental para o sucesso em uma implementação adotar uma nova mentalidade, além de processos e estruturas operacionais que servirão de apoio para essa evolução.

As equipes de TI, principalmente, precisam estar comprometidas em olhar para os problemas de uma nova maneira, quebrar padrões. Pois, embora o trabalho de tecnologia, na prática, seja facilitado, muitas vezes é difícil quebrar questões culturais para implementar novos recursos.

A mesma lógica é válida para outras áreas da empresa, como os times jurídico e financeiro, que certamente terão de usar uma abordagem ágil no dia a dia. Isso porque gerenciar contratos ou pagar faturas a um único fornecedor deixa de ser comum. Com a arquitetura combinável, é preciso otimizar processos dessas equipes para lidar com múltiplos recursos de forma ágil, moderna e automatizada.