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A importância do checkout para uma jornada de compra sem atritos

Por: Tiago Girelli

Diretor Geral da Wake Commerce

Diretor Geral da Wake Commerce e fundador da plataforma Fbits, empresa desenvolvedora de plataformas desde 2006 e adquirida pela LWSA em 2016. Desde então, está à frente da divisão de negócios Commerce LWSA. Possui MBA na FGV em gerenciamento de projetos e quase 30 anos de trajetória profissional atuando na área de tecnologia e e-commerce.

Finalizar uma compra deveria ser a parte mais simples e intuitiva de toda a experiência de consumo. No entanto, é justamente no checkout que muitos consumidores desistem da compra, frustrados com processos demorados, formulários extensos ou falta de opções de pagamento. De acordo com a pesquisa da Opinion Box, 78% dos consumidores desistem de concluir pedidos na etapa final da compra, e uma experiência de checkout mal planejada pode ser um dos principais culpados por esse número.

Como um checkout eficiente pode transformar a experiência do seu cliente e reduzir o abandono de carrinho?

Por isso, entender os diferentes tipos de checkout disponíveis e como cada um pode ser aplicado de forma estratégica é essencial para garantir fluidez e eficiência no momento mais decisivo da jornada de compra. Hoje, a tecnologia permite que o varejista escolha o modelo mais adequado ao seu negócio, equilibrando flexibilidade, personalização e desempenho. Porém, a escolha de um bom checkout não é apenas uma questão de optar por modelos de mercado. As empresas precisam entender o perfil de seu público e como suas necessidades se alinham a essas soluções.

Modelos de checkout: qual a melhor escolha para o seu negócio?

Em algumas plataformas de e-commerce, há modelos de checkout mais rígidos, que garantem estabilidade e segurança, mas oferecem menor flexibilidade para personalização. Esse tipo de solução pode ser ideal para empresas que priorizam uma implementação rápida e uma manutenção simplificada. No entanto, existem desafios, como a dificuldade de adaptação a demandas de personalização e a integração com outras ferramentas. Para minimizar esses desafios, uma boa prática é investir em ferramentas que ofereçam uma integração mais fluida, sem comprometer a rapidez de implementação. Empresas que escolheram esse modelo podem focar em testes A/B para otimizar o layout do checkout e, assim, melhorar a taxa de conversão.

Entretanto, para negócios que desejam maior controle sobre a interface e a experiência do usuário, soluções que permitem a edição completa do HTML e desenvolvimento local são mais indicadas. Esse nível de personalização permite criar interfaces alinhadas à identidade visual da marca e à implementação de estratégias que reduzam atritos na jornada de compra. Aqui, um exemplo real seria o de empresas que personalizam a tela de checkout com ofertas exclusivas, baseadas no histórico de compras do usuário ou no comportamento recente na navegação, como a sugestão de produtos complementares. Essa abordagem pode gerar não só aumento no valor médio da compra, mas também maior fidelização, uma vez que o consumidor se sente atendido de forma personalizada.

Personalização e eficiência: o equilíbrio entre inovação e estabilidade

No mercado, algumas empresas optam por tecnologias que se integram a sistemas externos para oferecer total liberdade na construção do checkout. Essa abordagem é muito utilizada por grandes marketplaces e varejistas que precisam de uma experiência completamente customizada, que costumam integrar múltiplos métodos de pagamento ao mesmo tempo em que oferecem a opção de rastrear uma compra em tempo real. Isso garante um processo fluido e transparente para o consumidor, criando confiança.

No entanto, essa flexibilidade vem acompanhada de desafios, como a necessidade de equipes técnicas especializadas para gerenciar a infraestrutura e garantir a segurança das transações.

Outro modelo interessante é a combinação de abordagens, no qual partes do processo são personalizadas enquanto etapas mais críticas, como o pagamento, mantêm uma estrutura consolidada para garantir estabilidade. Esse formato é uma escolha comum para negócios que desejam equilibrar inovação com confiabilidade, sem comprometer a experiência do cliente. Um exemplo prático disso seria uma empresa que personaliza a interface do checkout para se alinhar com a estética da marca, mas utiliza um sistema de pagamento confiável que já é amplamente testado e aceito pelo mercado. Essa abordagem oferece inovação no design, mas com a estabilidade de um processo de pagamento seguro e sem surpresas para o cliente.

Seja qual for o modelo adotado, um checkout eficiente é um dos maiores aliados para a conversão a e fidelização de clientes. Afinal, quando a experiência de compra é fluida, o consumidor se sente mais seguro e propenso a voltar. Marcas que investem em otimizar esse processo não apenas reduzem o abandono de carrinho, mas criam uma jornada de compra mais intuitiva e agradável. Para garantir que isso aconteça, é crucial que as empresas façam testes regulares e analisem dados de comportamento de consumo, como taxa de abandono de carrinho e tempo médio de finalização da compra.

Se há algo que podemos aprender com as tendências do varejo digital, é que detalhes fazem toda a diferença. E, muitas vezes, a decisão entre uma compra concluída e um carrinho abandonado pode estar no tempo de carregamento da página ou na facilidade de um clique a menos. Pequenas melhorias no checkout podem gerar grandes impactos nos resultados e, mais importante, na experiência do consumidor. Ajustar, testar e evoluir continuamente são passos essenciais para garantir que cada compra seja uma experiência positiva e memorável.