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Varejo online da China dá sinais de recuperação após pandemia

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

O setor de comércio eletrônico da China começa a emergir da provação logística de vários meses provocada pela pandemia de coronavírus, segundo dados mais recentes sobre volumes de entrega. Mas uma retomada a longo prazo depende de uma recuperação da demanda que também inclua bens não essenciais.

Líderes do setor como Alibaba, JD.com e Pinduoduo foram desafiados a atender ao aumento da demanda por itens básicos e produtos domésticos, como máscaras cirúrgicas, depois que a epidemia obrigou autoridades a fechar rodovias e ferrovias em todo o país e entregadores ficaram em casa.

Mas uma análise do Barclays de informações publicamente disponíveis mostrou que a atividade de entrega em muitas áreas havia se aproximado dos níveis pré-surto quando as pessoas retornaram ao trabalho e os bloqueios de estradas foram suspensos.

Com base em dados oficiais que mostram crescimento anual de 3% das vendas de produtos físicos online em janeiro e fevereiro, a expansão do comércio eletrônico deve se aproximar da normalidade no segundo trimestre, escreveram os analistas do Barclays Gregory Zhao, Ross Sandler e Jane Han.

Retração na China

Até 11 de março, a capacidade total de entrega de carga de caminhões do país correspondia a 72% do pico de novembro de 2019, disseram, citando dados dos sites de logística G7.com.cn e Chemanman.com. Neste mês, a Cainiao, braço de logística do Alibaba que envia mais de um bilhão de pacotes em dias de pico, informou que já opera com capacidade total.

Dados divulgados na segunda-feira (16) pelo governo de Pequim sugerem que a segunda maior economia do mundo pode registrar retração pela primeira vez desde 1989, prejudicando os gastos dos consumidores.

Comerciantes de lojas físicas foram particularmente atingidos e quase metade das empresas de consumo listadas na China não tem liquidez suficiente para continuar em operação além de setembro, segundo análise da Bloomberg.

A situação é menos desafiadora no varejo online, mas uma recuperação completa do comércio eletrônico ocorrerá somente quando consumidores retomarem as compras de itens mais caros que saíram das listas de prioridades no auge do surto e se concentraram em produtos básicos como mantimentos, equipamentos de proteção e utensílios domésticos.

A maioria dos consumidores de classe média tem reduzido os gastos de forma cautelosa, disse Ashley Galina Dudarenok, fundadora da empresa de treinamento chinesa Chozan. “Esse é o impacto mais grave do vírus a longo prazo”, disse.

As informações são do UOL

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