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Uber encerra Uber Eats em 7 países e demite 14% dos funcionários

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

A Uber anunciou o encerramento as operações do Uber Eats em sete países: República Tcheca, Egito, Honduras, Romênia, Arábia Saudita, Uruguai e Ucrânia até 4 de junho de 2020. Nos Emirados Árabes, as operações de negócios com o Eats foram transferidas para a Careem.

A companhia pontuou que esse anúncio não está relacionado com a pandemia de coronavírus, mas sim com uma estratégia de estar na primeira ou na segunda posição em todos os mercados da Eats, o que aponta que os investimentos serão focados em determinadas localidades.

“Consistente com nossa estratégia declarada, procuraremos reinvestir essas economias em mercados prioritários onde esperamos um melhor retorno do investimento”, acrescenta o documento. Apesar desse discurso, a empresa segue enxugando sua estrutura organizacional.

Demissões

A Uber anunciou nesta quarta-feira (6) que está demitindo 3.700 trabalhadores, o que representa 14% de sua força de trabalho global, fruto de um plano para reduzir suas despesas operacionais em resposta aos desafios econômicos e incertezas causadas pelo impacto negativo da pandemia de coronavírus em seus negócios.

A empresa informa que as demissões custarão aproximadamente US$ 20 milhões em indenizações e outros benefícios. O documento ainda traz a renúncia do salário base de US$ 1 milhão do CEO Dara Khosrowshahi até o final deste ano.

A empresa vem registrando grandes prejuízos com a pandemia de coronavírus, o segmento de corrida – principal negócio da companhia – pode perder até 80% da receita no ano. Isso resultaria em prejuízo de US$ 10 bilhões em seus fundos.

Ao mesmo tempo, a Uber está usando o Uber Eats para se apoiar durante o período. Em abril, o CEO afirmou que o segmento de entregas se tornou um “recurso importante no momento, principalmente em restaurantes afetados pelas políticas de contenção”.

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Crise após Covid-19

Desde o início da crise causada pela Covid-19, a empresa congelou as contratações e reduziu o número de funcionários. Até 31 de dezembro de 2019, a companhia empregava 26.900 funcionários, sendo 10.700 nos EUA e 16.200 localizados em outros países.

Na segunda-feira (4), a sua subsidiária no Oriente Médio e na África, a Careem, demitiu 536 funcionários, o equivale a 31% de sua força de trabalho, segundo a Agência Reuters.

A Careem opera negócios de transporte e entrega, informou estar priorizando a segurança da empresa e que a controladora continuava acreditando em seu modelo de negócios e estava comprometida com a região.

“Como discutimos várias vezes nas últimas semanas, a crise provocada pela Covid-19 colocou nosso sonho e impacto futuro em risco significativo”, disse o presidente-executivo da empresa, Mudassir Sheikha, em um post no blog da empresa.

Centenas de vagas em aberto desapareceram da página da carreira da Uber. Além disso, o Business Insider aponta, com base nos dados do Whober – site interno de listagem de funcionários da Uber –, que a companhia agora emprega cerca de 9.300 nos EUA (uma redução de 13%, em comparação com os dados de dezembro de 2019).

O maior departamento americano da Uber, com 3.836 funcionários, é o departamento de engenharia que se reporta ao atual CTO Thuan Pham, que deixará a empresa na próxima semana.

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As informações são do InfoMoney