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'Tudo trafega por uma receita médica', diz CEO da Memed, ao abordar a conexão médico-paciente

Por: Amanda Lucio

Jornalista e Repórter do E-Commerce Brasil

No Brasil, o setor de saúde ainda é atrasado digitalmente, pois há um comportamento conservador dos médicos e as regulamentações do país são mais restritas. Mas, para Rodolfo Chung, CEO da Memed, isso sinalizou uma oportunidade para o setor de healthtech.

Rodolfo Chung durante o Congresso Saúde & Farma (Imagem: Carol Guasti Fotografia)

Focada em prescrição digital, a Memed é uma plataforma com 66% de market share (participação de mercado) no segmento. Em países como China e Argentina, praticamente todas as prescrições são digitais, salienta o executivo. No Brasil, o setor tem apenas 12% de atuação.

Desenvolvida por dermatologistas em São Paulo, a Memed foi criada por “médicos e para médicos”, em 2012. A partir de 2021, após sua venda para a DNA Capital, a plataforma voltou o olhar para o paciente consumidor, atuando como um marketplace de remédios. “Nossa ideia não é competir com a farmácia, e sim, gerar valor”, diz Chung.

Em 2023, o foco no binômio médico-paciente revolucionou a atuação da companhia, pois a proposta passou a ser auxiliar a conexão entre as duas partes, ainda fragmentada. Segundo Chung, um dos maiores problemas do Brasil em relação aos planos de saúde é a baixa taxa de adesão, a proposta da Memed é empoderar o médico para que ele consiga engajar o paciente em sua jornada de tratamento e diagnóstico, reduzindo essa taxa.

Formado por pacientes, médicos, indústrias, varejo e serviços, o ecossistema também é formado por prestadores, marketplaces, farmacêuticos. No fim, “tudo trafega por uma receita médica”, conclui o palestrante.