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Shopee anuncia abertura de dois novos centros de distribuição no Brasil

Por: Helena Canhoni

Jornalista

Bacharel em Comunicação Social pela ESPM. Experiência em tráfego pago, cobertura de eventos, planejamento de marketing e mídias sociais.

Na última sexta-feira, 12 de maio, a empresa Shopee, uma das líderes no mercado asiático, divulgou um comunicado referente a abertura de dois novos centros de distribuição em Recife e Salvador, pioneiros da região Nordeste do Brasil, com 10 mil e 6 mil metros quadrados, respectivamente. A declaração acontece em função do plano de ação do governo referente à taxação do comércio eletrônico internacional. Empresas como Shein, Shopee e Aliexpress enfrentariam dificuldades por conta do término da isenção fiscal sob transações classificadas como de baixo custo entre pessoas físicas.

A plataforma, original de Singapura, sustenta um total de oito centros de distribuição no território brasileiro. Segundo a empresa, a capacidade produtiva deve ser suficiente para atender mais de 1,5 milhões de pacotes diários gerados pelos 3 milhões de vendedores brasileiros registrados na empresa. Os primeiros centros de distribuição desenvolvidos estão localizados em Campinas, Ribeirão Preto, São Paulo, Curitiba, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

Nos últimos anos as empresas asiáticas vem fomentando seus negócios no Brasil, a Shopee, especificamente, passou a ocupar a segunda posição no ranking entre os 30 e-commerce mais visitados do Brasil, segundo dados do Relatório Setores do E-commerce (Conversion, 2022). Sob a perspectiva do mercado mundial, o e-commerce do Brasil tem um crescimento projetado em 11,58%, sumarizando uma elasticidade de USD 47 bilhões, em 2022, para USD 85 bilhões, em 2025 (Statista, 2022). A holding Sea Group, responsável pela Shopee, lançou mais de 60 centros de coleta de mercadorias e separação para envio aos centros de distribuição.

Segundo a própria empresa, há mais de dez parceiros logísticos, como os Correios, que atendem em todas as cidades brasileiras. Para completar a empresa enfatiza, “Além de aumentar a capilaridade em mais de 40% em número de cidades, o objetivo é a otimização dos processos desde a coleta dos produtos de vendedores locais até a entrega aos consumidores no Brasil”.

Apesar das projeções e do fomento do comércio eletrônico, em Abril, estudos realizados pela Receita Federal foram anunciados acerca da possibilidade de suspender as isenções de até cinquenta dólares para transações entre pessoas físicas, sob justificativa de que a regalia é utilizada de forma ilegal por empresas asiáticas, majoritariamente, para vender produtos à menor preço. Entretanto, a repercussão entre os consumidores não foi positiva, pressionando o governo a voltar atrás com a medida. Incentivando, indiretamente, o crescimento e a expansão de novos negócios internacionais para o Brasil.

Fonte: MoneyTimes