Logo E-Commerce Brasil

Shein tem pedido recusado para abrir lojas nas unidades da Galeries Lafayette na França

Por: Alice Lopes

Jornalista no E-Commerce Brasil

Jornalista no E-commerce Brasil, graduada pela Universidade Nove de Julho e apaixonada por comunicação.

Ver página do autor

A varejista de fast fashion Shein enfrentou um revés em sua estratégia de expansão física na França. Menos de uma semana após anunciar a abertura de suas primeiras lojas fixas no país, a companhia teve o pedido de instalação em espaços administrados pela Galeries Lafayette recusado.

Shein recebe outra multa na França
(Imagem: Divulgação/Shein)

Expansão barrada em lojas do grupo

O plano inicial previa a inauguração da primeira unidade na tradicional loja de departamentos BHV Marais, em Paris, com abertura marcada para novembro. Outras filiais seriam abertas em cidades como Dijon, Reims, Grenoble, Angers e Limoges, todas sob administração da Galeries Lafayette.

Em comunicado, o grupo afirmou ter “profundo desacordo com essa decisão”, ressaltando que “o posicionamento e as práticas dessa marca de ultrafast fashion estão em contradição com sua oferta e seus valores”.

A Galeries Lafayette acrescentou ainda que a iniciativa “contraria as condições contratuais de afiliação que vinculam o grupo SGM à Galeries Lafayette”.

Shein é multada por irregularidades com cookies

Além do impasse comercial, a Shein também enfrenta sanções na França. Em setembro, a Comissão Nacional de Informática e Liberdade (CNIL), órgão responsável pela proteção de dados no país, multou a empresa em 150 milhões de euros. A penalidade faz parte de um processo mais amplo que também envolveu a Alphabet, controladora do Google, totalizando 475 milhões de euros (US$ 553,9 milhões) em multas.

Segundo a CNIL, as companhias violaram regras francesas sobre o uso de cookies para rastreamento de usuários online. O Google, multado em 325 milhões de euros, teria exibido anúncios no Gmail sem consentimento prévio dos usuários, atingindo cerca de 53 milhões de pessoas.

A decisão reforça o aumento da pressão regulatória na Europa sobre grandes empresas de tecnologia e varejistas digitais, em um contexto de crescente fiscalização sobre privacidade e práticas de mercado.