A rede de livrarias Saraiva, que está em recuperação judicial desde 2018, demitiu os funcionários de suas últimas cinco lojas físicas na última quarta-feira (20) e deve passar a funcionar apenas através do e-commerce. Fundada em 1914 pelo imigrante português Joaquim Ignácio da Fonseca Saraiva, a rede chegou a ser a maior do Brasil, tendo cerca de 100 lojas operando.

Ainda em 2018, durante o mês de outubro a Saraiva fechou 20 lojas num mesmo dia. Naquele momento, ficaram com 84 lojas funcionando e com o site. Com uma dívida de R$ 674 milhões, entraram com um pedido de recuperação judicial no mês seguinte.
Na semana passada, a Saraiva ainda tinha cinco lojas funcionando, quatro no Estado de São Paulo: na Praça da Sé, a segunda inaugurada pela empresa, na década de 1970, no Shopping Aricanduva, em Jundiaí, em Ribeirão Preto, além da loja em Campo Grande (MS). Com o fechamento, cerca de 150 funcionários das lojas, centros de distribuição e setores administrativos foram demitidos.
Agora, ao entrar no site da livraria, o consumidor encontra um link para a página “Nossas lojas”, mas ao clicar nele é direcionado para uma página de “Mais vendidos”.
Renúncia da diretoria
Além disso, a livraria também anunciou na última sexta-feira (22), a renúncia do diretor-presidente da empresa e membro do conselho de Administração, Jorge Saraiva Neto, e do vice-presidente, Oscar Pessoa Filho.
Agora, os cargos de diretoria serão assumidos por Marta Helena Zeni, como diretora-presidente e diretora de Relações com investidores, e Gilmar Antonio Pessoa, na função de vice-presidente.
De acordo com o PublishNews, portal especializado no mercado editorial, uma das discussões previstas é a transformação das ações preferenciais em ações ordinárias. De modo que, o controle da empresa poderia ser transferido da família Saraiva para os principais acionistas preferenciais.
Fonte: CNN