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Riscos à reputação de empresas é a maior ameaça em social mídia

Por: Redação E-Commerce Brasil

Equipe de jornalismo E-Commerce Brasil

As mídias sociais se tornaram uma boa oportunidade para divulgação de marcas e empresas, entretanto, de acordo com um estudo publicado este mês, pelo Altimeter Group, elas podem oferecer riscos à reputação dos negócios. A estimativa serviu para saber o nível de risco que essas ferramentas oferecem as empresas. Entre os entrevistados, que ocupam cargos na área de gestão de risco em mídia sociais, 35% responderam que a reputação ou dano à marca é um risco crítico, sendo este o temor mais citado pelos profissionais.

Apesar do baixo número de respostas (52), os postos ocupados pelos participantes dão peso às descobertas. Entre os 12 tipos de setores estudados, a maioria dos inquiridos entende que as mídias sociais oferecem riscos ao menos moderados. Por exemplo, enquanto 35% consideram os canais sociais com nível alto de risco de reputação, outros 31% apontam um grau mais moderado. Apenas 6% não identificaram perigo algum nas mídias sociais. Além disso, os entrevistados também consideram a ferramenta um risco considerável ao gerenciamento de informações. Curiosamente, apenas 4% apontaram queda na produtividade dos funcionários como um risco crítico aos negócios.

Outros riscos importantes citados pelo Altimeter Group estão relacionados à divulgação de informações confidenciais (15%), perda de propriedade intelectual, problemas jurídicos, regulamentares de conformidade e divulgação de dados pessoais (cada um com 13%). Identificação de roubo e/ou sequestro ficaram por último, com 12%.

Facebook é a plataforma que oferece maior risco

A pesquisa, intitulada “Guarding the Social Gates: The Imperative for Social Media Risk Management”, também revelou que o Facebook é considerado um risco significativo às organizações, com 35% das respostas, seguido pelo Twitter, com 25% e sites de compartilhamento de vídeos (YouTube, Vimeo, etc.), cada um com 15%. De acordo com o estudo, as três ferramentas têm vasto alcance, visibilidade e aderência dos consumidores, sendo estes os motivadores de tal risco. Mas a exposição não é o único problema dessas plataformas. Os entrevistados comentaram que as frequentes mudanças e ajustes nas políticas de privacidade do Facebook também são fatores preocupantes.

Além disso, a pesquisa aponta que blogs e seus comentários, sejam eles de terceiros (10%), ou gerenciados pela empresa (8%), são considerados fontes significativas de risco para alguns (28%), mas uma grande parte os classifica como risco moderado (37%). O LinkedIn foi mencionado por apenas 5% dos participantes, seguido por um empate entre Pinterest, sites de compartilhamento de foto (como Flickr e Foursquare) e redes sociais internas (como Chatter), todos com 3%.

Cerca de 40 profissionais responderam a pergunta sobre o gerenciamento de risco em mídias sociais, sendo que, em média 57% avaliam regularmente os seus riscos. Mais de 30% não o fazem, citando a falta de recursos internos como motivo, mesmo cientes do risco. Apenas 10% dos entrevistados não sabem se suas empresas avaliam atualmente seus riscos em função de mídias sociais.

De acordo como o relatório global apresentado em julho deste ano pela Ethical Corporation e Useful Social Media, entre as empresas alvo de críticas nas redes sociais, 72% disseram não estar bem preparadas para tais eventos, com 20% estando completamente despreparados. Apenas 15% das empresas afirmaram estarem completamente engajados com o problema.