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Pix têm potencial para aumentar vendas no e-commerce, segundo varejistas

Por: Lucas Kina

Jornalista e repórter do E-Commerce Brasil

A utilização do Pix por pessoas físicas em transferências bancárias básicas se tornou quase onipresente no dia-a-dia. Agora, o pagamentos instantâneo criado pelo Banco Central (BC) em 2020 ganha mais adeptos no e-commerce, sendo considerado por varejistas uma ferramenta capaz de ampliar as vendas no âmbito eletrônico e diminuir o abandono de carrinho.

A expectativa positiva por parte do empresariado relacionado ao e-commerce com o Pix têm relação também com a substituição ou desuso gradativo de outro tipo de pagamento: os boletos. De acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), 50% dos pagamentos realizados do tipo não são concluídos, índice que, por sua vez, pode ser combatido pelo modal instantâneo.

Segundo o Estudo de Pagamentos GMattos, o Pix já divide o segundo lugar nas formas de pagamento ao lado dos boletos. A aceitação do Pix tem potencial para chegar a 92% nos próximos anos, conforme prevê a consultoria. Em janeiro de 2021, o Pix apresentava 16,9% de aceitação entre os comércios virtuais do Brasil, mas chegou a 76,3% em julho de 2022.

Uso do Pix nas empresas

No Mercado Livre, a utilização do pagamento instantâneo foi expandido em cerca de 130%, diminuindo em 33% a aplicação do boleto no segundo trimestre deste ano ante igual período no ano passado. Na plataforma, lojas oficiais de marcas como Samsung, Nike e Hering já aceitam pagamentos via Pix.

Com 30 milhões de usuários ativos e 10 milhões de vendedores, o Mercado Pago, banco digital do mesmo grupo da varejista argentina, fornece sistema de pagamento para lojas físicas e digitais e já tem um quarto de todas as transações via Pix.

Varejistas como a Via (ex-Via Varejo) já aceitam o Pix desde o ano passado, inclusive em lojas físicas de Casas Bahia e Ponto. Recentemente, a companhia passou a usar o Pix também para facilitar os acertos em casos de renegociação de dívidas.

Já o Magazine Luiza oferece pagamentos via Pix em seu site e aplicativo, mas também investe em uma alternativa a ele. A empresa criou, dentro da Fintech Magalu, sistema de pagamentos que promete ser mais veloz e prático do que o Pix porque não requer que o consumidor acesse aplicativo de banco ou copie e cole códigos de barras.