De acordo com as informações do Valor Econômico, a credenciadora de cartões PagSeguro, do grupo Uol, anunciou a aquisição da Wirecard Brazil, subsidiária da empresa de pagamentos alemã. A negociação, no entanto, ainda precisa ser aprovada pelo Banco Central do Brasil (BC) e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O valor da aquisição ainda não foi divulgado.
Sobre a aquisição
Segundo o comunicado da PagSeguro, a Wirecard tem mais de 200 mil clientes no Brasil, de maneira que a transação entre ambas será complementar aos seus negócios. Além disso, a partir da aquisição, será possível oferecer contas digitais 100% omnichannel. Os produtos digitais da Wirecard já estão integrados a mais de 40 sistemas de e-commerce.
Para a PagSeguro, ainda, a aquisição tem outra vantagem: a de melhorar a interação entre o varejo físico e o digital. Por causa da pandemia, surgiu também a necessidade de reforçar as operações online, o que será possível com a Wirecard.
De acordo com a Money Times, a PagSeguro teve lucro de R$ 357 milhões e crescimento de 15% somente no primeiro trimestre de 2020 (em comparação a 2019). Também houve alta em sua base de clientes em torno de 25% no mesmo período.
A aquisição da Wirecard pela PagSeguro também pode ser vista como uma resposta ao acordo estabelecido entre Stone e Linx, concorrentes da empresa, que sofreu uma contraposta da Totvs.
Entre as vantagens que estarão disponíveis no mercado com a junção das empresas, destaca-se a possibilidade de implementar um “split de pagamentos”, funcionalidade que separa o valor das transações para mais de um recebedor. A novidade seria um incremento para o comércio eletrônico e reforçaria a postura omnichannel da companhia.
Sobre as empresas
A PagSeguro hoje concentra uma receita de R$ 6 bilhões, além de 5,5 milhões de clientes ativos e R$ 122 bilhões em volume total de pagamentos.
Já a Wirecard concentra R$ 120 milhões em receita, 200 mil clientes ativos no Brasil e R$ 5 bilhões de volume total de pagamentos. A empresa iniciou suas atividades no país em 2016 com a compra da Moip, por R$ 165 milhões. Atualmente, a empresa vem enfrentando os reflexos negativos de um escândalo fiscal na Alemanha, que prejudicou também as subsidiárias.
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