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'A passos de tartaruga', pagamentos com carteiras virtuais crescem nos EUA

Apesar de os índices de crescimento para este e o próximo ano alcançarem os dois dígitos, os usuários americanos das chamadas “mobile wallets” – ou seja, o celular usado como forma de pagamento, no lugar de dinheiro ou cartões – como Apple Pay, Android Pay e Samsung Pay, não serão a maior parte da clientela, assim como aplicativos famosos que incluem essa modalidade, como Walmart Pay, não vão conquistar o público massivo dos Estados Unidos – ao menos em um futuro próximo.

De acordo com levantamento feito pelo eMarketer, neste ano 38,4 milhões de americanos acima dos 14 anos terão usado seus celulares para realizar pagamentos no ponto de venda ao menos uma vez nos últimos seis meses. Apesar do alto número absoluto, ele representa apenas 19,4% dos usuários de smartphones nos Estados Unidos. Em 2020, essa estatística deve subir para 33,1% aproximadamente.

“Existem diversas razões para os consumidores americanos não realizarem pagamentos por proximidade [mobile wallet] em massa”, afirmou Bryan Yeager, analista do eMarketer. “Ainda há preocupações em relação à segurança, e poucos comerciantes aceitam atualmente essa modalidade de pagamento”, explicou. “O cliente também ainda não enxerga vantagens em trocar o dinheiro ou o seu cartão pelo smartphone.”

Os usuários de carteiras mobile são os mais jovens dentre quem utiliza smartphones. Cerca de 11,9 milhões deles têm entre 25 e 34 anos (31,1% do total), enquanto em 2020 a projeção é de que eles cresçam para 21 milhões – mesmo assim, a participação desse grupo no mercado deve cair para 27,8%.

Já em 2017, cerca de 55% de todos os usuários de pagamentos por proximidade estará abaixo dos 35 anos, e três em cada quatro ainda não terá completado 45 anos.

Mesmo “a passos de tartaruga” e com uma projeção menor do que a esperada para novas tecnologias, em 2016 as transações “wallet mobile” devem crescer 183,3% e alcançar o patamar dos US$ 27,67 bilhões – só nos Estados Unidos. Nos próximos dois anos, o valor deve chegar a US$ 62,49 bilhões e, em 2020, US$ 314,13 bilhões.