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NielsenIQ Ebit: intenção de compra online para o 2º tri é maior desde 2018

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

Estudo elaborado pela NielsenIQ Ebit, em parceria com a Bexs Pay, aponta que 91,7% dos consumidores do e-commerce têm intenção de efetuar compras online no segundo trimestre de 2022, alta de 1,7 ponto percentual sobre os primeiros três meses do ano. É a maior projeção para os segundos trimestres desde 2018. O movimento é impulsionado sobretudo por shoppers de maior renda.

“A conjuntura macroeconômica segue desafiadora, mas o e-commerce está operando em patamares bastante elevados. O percentual dos shoppers do e-commerce que pretendem utilizar o e-commerce mostra uma resiliência no setor contra os solavancos mais fortes da economia”, afirmou o head de e-commerce da NielsenIQ Ebit, Marcelo Osanai.

O resultado de 91,7% no 2º trimestre do ano é também o maior nível registrado pela NielsenIQ desde 2018, quando começou a fazer o levantamento, consolidando um patamar significativo. Na comparação da intenção de compra do segundo trimestre de 2021 com o de 2020, o aumento foi de 2,8 p.p, impulsionado pelo auge da pandemia. De 2019 para 2020, o registro foi de alta de 0,7 p.p, entre abril e junho daquele ano na pesquisa da NielsenIQ Ebit.

A pesquisa, realizada entre março e abril, foi feita com 6.392 consumidores que efetuaram compras no e-commerce.

“Olhando para todos os dados, crescimentos entre o segundo e primeiro trimestre deste ano e na comparação com o mesmo período do ano anterior, estamos vendo um cenário positivo para os próximos meses no e-commerce”, explicou Osanai.

O movimento ocorre sobretudo nas classes mais altas, que conseguiram evitar uma perda mais forte de renda. Para quem ganha mais de 10 salários mínimos, 94,4% declaram que pretendem fazer compras online, levemente acima dos 93,1% de respondentes com renda entre 4 e 10 salários mínimos.

A questão, no entanto, é a camada mais fragilizada da população. Do total de pessoas que ganham até quatro salários mínimos, 89,7% disseram que vão comprar produtos online, queda de 1,1 ponto percentual sobre o primeiro de 2021 e praticamente estável em relação ao primeiro trimestre de 2022.

Categorias

De acordo com o levantamento, os segmentos que estão em destaque são o de Cosméticos e Perfumaria, com 35,6% da intenção de compra dos entrevistados, e o de Moda e Acessórios, praticamente empatado, com 35,5%. Logo em seguida vêm Casa e Decoração (33,9%), Alimentos e Bebidas (32,9%), e Saúde (25,1%).

Apesar de estar relativamente atrás na prioridade de consumo online dos brasileiros, a categoria Saúde desempenha importante crescimento no segundo trimestre de 2022. Na comparação com o período de 2021, houve uma alta de 9 p.p (subiu de 16% para 25%).

“Um exemplo da força do comércio eletrônico no segundo trimestre é o interesse disseminado do consumidor nas mais diversas categorias de produtos”, ponderou o executivo.

No recorte regional, não há muita discrepância entre as áreas. O Nordeste lidera com 91,3% no índice de intenção de compra. Logo em seguida estão Sudeste e Sul, ambos com 91,2%, Centro Oeste com 91%, e, por fim, Norte com 90,8%.

Forma de pagamento

O cartão de crédito com parcelamento é a modalidade de pagamento favorita entre os consumidores que pretendem fazer compras via internet de abril a junho de 2022. Ainda de acordo com a pesquisa, dos cinco principais setores apontados, em três deles 50% ou mais dos entrevistados adiantaram que devem utilizar este método para as compras.

“Com o tempo, à medida que facilitamos o acesso aos mais diversos meios de pagamento online e entre-fronteiras, acreditamos que outras modalidades devem crescer, com destaque especial para o uso do Pix. Facilitar o pagamento é um primeiro passo importante para impulsionar as vendas online”, diz Luiz Henrique Didier Jr., CEO do Grupo Bexs.

Confira ranking:

  •  Cosméticos e perfumaria – 51%
  • Moda e acessórios – 50%
  • Casa e decoração – 59%
  • Alimentos e bebidas – 47%
  • Saúde – 40%

Pandemia

A pandemia do coronavírus contribuiu para estabelecer o e-commerce como uma das principais modalidades de compra no mundo. Não à toa, 95,9% dos consumidores pretendem manter o costume após o fim da pandemia, e 95,8% deles fizeram compras online nos últimos três meses — estima-se que 13,7% das compras realizadas foram motivadas devido ao Covid-19.

Dia das Mães

A NielsenIQ Ebit também aproveitou para fazer um levantamento específico sobre o Dia das Mães. De acordo com a pesquisa, 51% dos consumidores afirmaram que irão fazer compras online na data, com intenção de gastar por volta de R$ 314,00. Esse público é, em sua maioria, formado por homens (54,2% dos entrevistados), de 35 a 49 anos (35%), e moradores de São Paulo (36%). As mulheres correspondem a 45,4% dos entrevistados que devem comprar algum item na data comemorativa.

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