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H&M tem aumento de 17% nas vendas entre março e maio

Por: Lucas Kina

Jornalista e repórter do E-Commerce Brasil

A H&M, a segunda maior varejista de moda do mundo, registrou um salto de 17% nas vendas de março a maio, superando a previsão, juntando-se à principal rival Inditex ao relatar uma recuperação na demanda devido às restrições da pandemia ter facilitado.

As vendas foram, no entanto, ainda mais baixas do que antes do início da pandemia. Os investidores também expressaram preocupação com as margens de lucro antes do relatório de lucros trimestrais completo da H&M, com vencimento em 29 de junho.

A H&M sinalizou em março aumentos de preços para compensar os custos mais altos de matéria-prima e transporte. Enquanto isso, a azedar a confiança do consumidor na Europa e as lojas que foram fechadas na Rússia devido à guerra na Ucrânia podem levar a remarcações de preços para ajudar a mudar as roupas não vendidas.

A H&M não comentou os números de vendas na quarta-feira (15) e, no mesmo dia, suas ações caíram 6%. A queda no acumulado de 2022 chegou a 29%.

“Embora de maneira menos espetacular do que a Inditex na semana passada, a H&M também confirma hoje que o processo de reabertura na Europa levou a fortes condições de demanda que persistem nas últimas semanas”, disseram analistas da Jefferies, analisando as ações da H&M, em comunicado enviado aos clientes.

“Os investidores estarão interessados ​​em entender melhor até que ponto a recuperação dos preços está compensando as crescentes pressões de entrada e os custos de reconstrução”, complementaram.

As vendas aumentaram 12% em relação ao ano anterior quando medidas em moedas locais, para 54,5 bilhões de coroas (US$ 5,4 bilhões) em seu segundo trimestre fiscal, disse a empresa sueca em comunicado. Analistas consultados pela Refinitiv previam, em média, vendas de 52,8 bilhões de coroas.

“Embora a melhora na receita seja encorajadora, estamos conscientes de que a força das tendências de vestuário durante o verão pode ter vida curta à medida que o ambiente de consumo enfraquecer”, disseram analistas do JPMorgan em nota.

“Observamos que o lucro do varejista de esportes nórdicos XXL alertou no segundo trimestre de ontem à noite, e que isso seguiu um aviso na semana passada da Boozt de roupas online, com ambos citando o enfraquecimento do sentimento do consumidor”, disseram eles.

“Embora a H&M tenha declarado anteriormente que os fatores externos sobre a margem bruta… tenham se tornado negativos agora, vemos potencial de remarcação para ajudar a compensar isso no segundo trimestre”, disse o analista do RBC Richard Chamberlain, com uma classificação de ‘desempenho’ nas ações da H&M, disse em uma nota.

“Vemos um risco maior para o terceiro trimestre, dada a necessidade de liberação/realocação de estoque na Rússia”, finalizou.

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Fonte: Reuters