Logo E-Commerce Brasil

Exportações impulsionam crescimento do setor de artigos para casa no 1º trimestre

Por: Amanda Lucio

Jornalista e Repórter do E-Commerce Brasil

O setor de artigos para casa manteve trajetória de crescimento no primeiro trimestre de 2025, segundo dados dos Termômetros da ABCasa, em parceria com o IEMI – Inteligência de Mercado. A análise aponta avanço simultâneo na produção, nas exportações e no desempenho do varejo, refletindo um cenário de estabilidade e fortalecimento da cadeia produtiva.

Acessórios para casa e produtos domésticos na loja do shopping center. Vista de acessórios para casa para sala de estar na loja de varejo de moda. Sofá com travesseiros, mesa com copos. Planta caseira em vaso de flores.
(Imagem: Envato)

Varejo cresce com preços sob controle

Em março, o varejo de artigos para casa faturou R$ 7,98 bilhões, alta de 4,7% em relação a fevereiro. No acumulado do trimestre, o crescimento foi de 2,9% sobre o mesmo período de 2024, e de 8% nos últimos 12 meses. A inflação setorial permanece controlada, com variação de 0,64% em abril e acumulado de 2,85% no ano. O mobiliário teve a maior alta mensal (0,76%), seguido por cama, mesa e banho (0,28%).

Produção industrial segue em expansão

A produção industrial do setor somou R$ 4,63 bilhões em março, crescimento de 3,5% sobre o mês anterior e de 2% no trimestre. Em 12 meses, a alta acumulada é de 6,5%. O volume físico produzido subiu 3,3% no mês e 5,5% no período anual. O preço médio da produção aumentou 0,24% em março e acumula alta de 7,45% em 12 meses. O consumo interno aparente chegou a R$ 5,10 bilhões, com variação de 0,1% no mês e 9,8% no comparativo anual.

Exportações avançam e consolidam presença internacional

As exportações brasileiras de artigos para casa totalizaram US$ 77,8 milhões em abril, alta de 4% em relação a março. No acumulado até abril, a elevação é de 5,2% em relação a 2024. Artigos de decoração cresceram 8,1%, utensílios de mesa 23%, e papelaria 60%. A Argentina lidera os destinos com aumento de 87,5% nas importações, seguida por Colômbia, Paraguai e México.

Já as importações somaram US$ 130,8 milhões, queda de 16,7% sobre março, mas crescimento de 8% em relação ao primeiro quadrimestre de 2024. Em 12 meses, o aumento foi de 15,1%. A China segue como principal fornecedora (73,7% das importações), à frente de Índia, Paraguai e Egito.

“O setor se mostra robusto, com crescimento equilibrado entre produção, varejo e exportações”, afirma Eduardo Cincinato, presidente da ABCasa. “A indústria nacional se adapta às novas demandas com eficiência, enquanto o mercado externo reconhece a competitividade dos nossos produtos”, conclui.