O setor de artigos para casa manteve trajetória de crescimento no primeiro trimestre de 2025, segundo dados dos Termômetros da ABCasa, em parceria com o IEMI – Inteligência de Mercado. A análise aponta avanço simultâneo na produção, nas exportações e no desempenho do varejo, refletindo um cenário de estabilidade e fortalecimento da cadeia produtiva.

Varejo cresce com preços sob controle
Em março, o varejo de artigos para casa faturou R$ 7,98 bilhões, alta de 4,7% em relação a fevereiro. No acumulado do trimestre, o crescimento foi de 2,9% sobre o mesmo período de 2024, e de 8% nos últimos 12 meses. A inflação setorial permanece controlada, com variação de 0,64% em abril e acumulado de 2,85% no ano. O mobiliário teve a maior alta mensal (0,76%), seguido por cama, mesa e banho (0,28%).
Produção industrial segue em expansão
A produção industrial do setor somou R$ 4,63 bilhões em março, crescimento de 3,5% sobre o mês anterior e de 2% no trimestre. Em 12 meses, a alta acumulada é de 6,5%. O volume físico produzido subiu 3,3% no mês e 5,5% no período anual. O preço médio da produção aumentou 0,24% em março e acumula alta de 7,45% em 12 meses. O consumo interno aparente chegou a R$ 5,10 bilhões, com variação de 0,1% no mês e 9,8% no comparativo anual.
Exportações avançam e consolidam presença internacional
As exportações brasileiras de artigos para casa totalizaram US$ 77,8 milhões em abril, alta de 4% em relação a março. No acumulado até abril, a elevação é de 5,2% em relação a 2024. Artigos de decoração cresceram 8,1%, utensílios de mesa 23%, e papelaria 60%. A Argentina lidera os destinos com aumento de 87,5% nas importações, seguida por Colômbia, Paraguai e México.
Já as importações somaram US$ 130,8 milhões, queda de 16,7% sobre março, mas crescimento de 8% em relação ao primeiro quadrimestre de 2024. Em 12 meses, o aumento foi de 15,1%. A China segue como principal fornecedora (73,7% das importações), à frente de Índia, Paraguai e Egito.
“O setor se mostra robusto, com crescimento equilibrado entre produção, varejo e exportações”, afirma Eduardo Cincinato, presidente da ABCasa. “A indústria nacional se adapta às novas demandas com eficiência, enquanto o mercado externo reconhece a competitividade dos nossos produtos”, conclui.