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Emissões de transporte da Shein aumentam 13,7% em 2024

Por: Alice Lopes

Jornalista Júnior no E-Commerce Brasil

Jornalista júnior no E-commerce Brasil, graduada pela Universidade Nove de Julho e apaixonada por comunicação.

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As emissões de carbono da Shein, decorrentes do transporte de produtos, registraram um aumento de 13,7% em 2024, conforme aponta o relatório de sustentabilidade da renomada varejista online de fast-fashion. Além disso, as emissões de transporte em 2023 foram 18% superiores ao que havia sido comunicado anteriormente, após uma revisão nos cálculos.

Emissão de carbono Shein
(Imagem: reprodução)

Modelo logístico amplia pegada de carbono

A Shein adota predominantemente o frete aéreo para enviar suas roupas acessíveis diretamente dos fornecedores na China para consumidores ao redor do mundo. Esse modelo de cadeia de suprimentos é mais intensivo em carbono quando comparado aos varejistas tradicionais, que costumam utilizar navios porta-contentores para o transporte de mercadorias.

Para mitigar as emissões e otimizar os prazos de entrega e os custos de envio, a Shein anunciou planos de produzir, embalar e enviar mais próximos de seus clientes. De acordo com o relatório, a empresa aumentou a utilização do transporte marítimo e rodoviário em 2024.

Comparação com outras varejistas de moda

As emissões relacionadas ao transporte totalizaram 8,52 milhões de estatísticas de CO2 equivalentes em 2024. O número representa mais que o triplo das emissões da Inditex (controladora da Zara), que registrou 2,61 milhões de toneladas em seu último exercício financeiro.

Com origem na China e sede em Singapura, a Shein obtém a maior parte dos seus produtos de 7.000 fornecedores chineses, mas está a expandir a sua rede para países como Brasil e Turquia. Esse movimento ganhou urgência devido às altas tarifas norte-americanas sobre produtos chineses, considerando que os EUA representam seu principal mercado.

A empresa também se prepara para abrir capital, com planos revisados ​​de oferta pública inicial em Hong Kong após obstáculos regulatórios na China para uma listagem em Londres. Suas metas ambientais, validadas recentemente pela Iniciativa de Objetivos Baseados na Ciência, preveem redução de 25% nas emissões indiretas até 2030.