O que um remador pode ensinar para um varejista virtual? E um ginasta? A partir do dia 5 de agosto, a cidade do Rio de Janeiro recebe os Jogos Olímpicos de Verão, a maior competição poliesportiva do planeta. O evento, que reúne os principais atletas de 42 modalidades e está repleto de simbolismo e história. Por conta disso, diversas áreas também buscam inspiração nas provas esportivas e, com o e-commerce, não é diferente. O setor tem muito a aprender com as Olimpíadas. Confira:
Marketing Digital – Tiro com Arco
É a relação mais comum entre negócio e esporte olímpico. Da mesma forma que o tiro com arco exige precisão do atleta, o marketing digital também necessita dessa eficiência nas campanhas para impactar o consumidor no momento mais adequado. “Essa exatidão é o que faz uma ação ser bem sucedida ou não. Sem ela, é impossível transformar um usuário em consumidor no meio digital”, afirma Welington Sousa, gerente de marketing da All iN Marketing Cloud, especializada em marketing de relacionamento digital.
Logística – 4×100 metros livres (Atletismo)
É uma área que depende do ótimo entrosamento entre os departamentos: após o cliente passar pelo marketing, equipe comercial e de pagamentos, é a vez da logística carregar o bastão e levá-lo até o fim – ou seja, com o produto no endereço do comprador. Assim como no revezamento do atletismo, qualquer ação pode influencia em todo o desempenho. “A logística é apenas a parte final de todo um processo que começa na entrada do cliente na loja virtual. Só com uma união entre os departamentos é possível garantir que o produto chegue no prazo”, explica Juliano Souza, gerente de marketing da Giuliana Flores, e-commerce líder em vendas de flores online.
Pagamento – Tênis de Mesa
Em questão de segundos, o pedido de transação vai e volta entre a loja virtual, as soluções eletrônicas de pagamentos e os adquirentes. É uma técnica que lembra o tênis de mesa, em que a bolinha é devolvida na mesma velocidade pelo competidor até atingir o objetivo final. “A aprovação de uma transação no e-commerce exige uma solução completa de pagamento para garantir a confirmação no menor tempo possível”, confirma Henrique Dubugras, sócio-fundador do Pagar.me, empresa de tecnologia especializada em pagamentos.
ERP – Remo
Em uma embarcação no remo, os integrantes precisam estar em total sintonia para que a equipe consiga ir mais longe. É o mesmo objetivo, por exemplo, de uma plataforma de gestão, que precisa estar em harmonia com outros recursos da loja virtual para o empreendedor conquistar a medalha de ouro em vendas. “Sem esse entrosamento, o empresário não conseguirá administrar sua loja da melhor forma possível e pode até mesmo ter prejuízo”, detalha Maurício Correa, diretor comercial da EZ Commerce.
Plataforma de e-commerce – Ginástica
O ginasta mais completo é aquele que vence as provas individuais, ou seja, conquista a melhor nota em todos os aparelhos. Hoje, uma plataforma de e-commerce não pode ficar restrita a apenas uma funcionalidade e precisa se adaptar às necessidades dos consumidores. “O sucesso neste mercado passa pelo atendimento aos desejos dos seus clientes. O feedback deles certamente ajuda a melhorar a solução e trazer novos recursos”, explica Thiago Mazeto, gerente de marketing da Tray, especializada em serviços para e-commerce.
Precificação – Judô
Na disputa dos preços, saber o momento mais adequado para “atacar” é primordial para atrair consumidores e ter o preço mais em conta no mercado. Da mesma forma que no judô, é preciso ter uma estratégia para conseguir o ippon e não sofrer o contragolpe dos concorrentes. “A precificação dinâmica auxilia o lojista virtual a ter o valor mais rentável, identificando a hora certa de diminuir ou elevar os preços”, comenta Ricardo Ramos, CEO da Precifica.
Infraestrutura – Triatlo
Diferentemente do varejo físico, o e-commerce funciona 24 horas por dia e precisa aguentar o tráfego de visitantes em qualquer horário. O investimento em uma boa infraestrutura garante fôlego extra para encarar qualquer sobrecarga de acessos – algo semelhante ao enfrentado por triatletas que precisam nadar, pedalar e correr na mesma prova. “Uma loja virtual não pode parar. O empreendedor precisa se preparar para que o aumento do tráfego não comprometa a experiência/compra do consumidor”, afirma Daniela Veronese, gerente de marketing da Locaweb Corp, unidade corporativa da Locaweb.
Segurança – Esgrima
Um site de comércio eletrônico é praticamente um esgrimista, que precisa se defender dos ataques de criminosos cibernéticos que tentam roubar dados financeiros dos clientes. Para isso, é preciso investir em segurança para contra-atacar. “Investir em segurança é item básico para o varejista que deseja vender na Internet. O consumidor só aceita comprar em sites que oferecem uma experiência segura nas transações”, conclui Jerome Pays, diretor de e-commerce da Lyra Network.