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E-commerce tem queda de 4,5% nos acessos no primeiro semestre de 2023

Por: Giuliano Gonçalves

Jornalista do portal E-Commerce Brasil, possui formação em Produção Multimídia pelo SENAC e especialização em técnicas de SEO. Sua missão é espalhar conteúdos inspiradores.

De acordo com relatório da Conversion, o e-commerce brasileiro teve um primeiro semestre com desempenho abaixo do último período do ano passado no quesito tráfego. Entre julho e dezembro de 2022, as plataformas tiveram uma média de 2,43 bilhões de acessos por mês. De janeiro a junho de 2023, no entanto, esse número foi de 2,32 bilhões, uma queda de 4,5%.

Para Diego Ivo, CEO da Conversion, o número é até positivo, considerando que o segundo semestre guarda datas como a Black Friday e Natal, por exemplo. “No ano passado, o melhor desempenho do e-commerce foi em novembro (2,69 bilhões de visitas), marcadamente porque muita gente espera o ano inteiro para comprar na Black Friday”, diz.

Em abril, a mesma pesquisadora apontou que o e-commerce manteve médias mais baixas. Na ocasião, perdeu 5% em relação a março, ficando em 2,23 bilhões de acessos únicos.

Queda inesperada do e-commerce

Contrariando as expectativas, o tráfego do e-commerce em junho retraiu timidamente em 2% na comparação a maio (quando registrou alta de 6%). Em números absolutos, foram 2,31 bilhões de acessos únicos — quarto melhor desempenho do ano.

Em relação a maio/23, o movimento do e-commerce no Brasil em junho/23 teve queda de -2,1% pela diminuição dos acessos via web (-2,1%) e apps (-2,0%)

A expectativa era que as visitas se mantivessem em crescimento depois do Dia das Mães, já que junho é o mês dos Namorados. De fato, alguns setores que mais avançaram têm relação com a data, como Calçados (6,4%), por exemplo.

Por outro lado, setores que costumam ir bem nessa época do ano perderam tráfego em junho, como Joias e Relógios (-9%) e Cosméticos (-5,7%).

Maiores crescimentos e retrações do e-commerce brasileiro entre maio e junho de 2023 segundo a Conversion

Até os marketplaces caíram 3,2% em junho, contribuindo para influenciar o índice geral. Vale lembrar que ele é, sozinho, responsável por cerca de 40% do resultado total.

Alta pode vir em julho

Par a pesquisa, caso o mercado mantenha a tendência do ano passado, espera-se uma alta em julho puxada pelo turismo. Em 2022, esse período teve crescimento de visitantes no setor de viagens de 14%. Por conta disso, trouxe uma alta de 5% do e-commerce como um todo à época.

“Pesquisas indicam que muita gente quer aproveitar as férias para viajar, algo que alguns não puderam fazer nos anos anteriores por causa da pandemia. A busca por passagens aéreas já foi maior em junho no Google, por exemplo”, lembra Ivo.

Quedas sentidas pelas marcas

Mais visitada do país, a plataforma do Mercado Livre perdeu 2% do seu tráfego em junho. Porém, ainda se manteve à frente da lista, com pouco mais de 322 milhões de acessos. Segunda colocada, a Amazon Brasil caiu 5%, ficando na casa dos 178 milhões.

Ranking dos maiores e-commerces do Brasil, com dados de visitas mensais em aplicativos Android e web

Shopee, Magalu e Shein, por sua vez, permaneceram com os mesmos patamares do mês passado. Vale ressaltar que a Amazon Brasil se manteve à frente na métrica do Share of Search, com 49% das pesquisas dentro do setor de marketplaces.

Stanley (42%), Petz (39%) e Loja do Mecânico (35%) completam o quadro.