Com um faturamento de R$ 12 bilhões, o e-commerce brasileiro registrou alta de 26,4% no faturamento durante o período do Dia das Mães de 2025, em comparação com o mesmo intervalo do ano anterior. O crescimento foi impulsionado pelo aumento no volume de compras, apesar da queda de 3,2% no tíquete médio, indicando a preferência por produtos levemente mais baratos.

Os dados são de um levantamento da Neotrust, empresa especializada em dados sobre o comércio eletrônico. A análise considerou as movimentações entre os dias 1 e 11 de maio de 2025, e os mesmos dez dias de 2024 (2 a 12 de maio).
Utilidades domésticas lideram
Entre as categorias com maior expansão no faturamento, utilidades domésticas lideraram com aumento de 55,5%. Em seguida, vieram os setores de beleza e perfumaria (+18,8%) e telefonia (+11,2%). A única retração relevante foi registrada no setor de moda, que caiu 10,4% no comparativo anual.
Entre os itens mais vendidos dentro da categoria de utilidades domésticas, as panelas tiveram a maior alta, com 92,8% de crescimento no faturamento. Pratos e talheres ficaram em segundo lugar (+73,9%) e utensílios gerais em terceiro (+33,4%). Em beleza e perfumaria, os produtos de perfumaria cresceram 23,4%, os itens para o corpo 27,9% e os produtos para cabelo 18,4%.
Público mais velho puxa avanço nas compras
O crescimento das vendas foi mais expressivo entre consumidores com mais de 55 anos, que aumentaram suas compras em 39%. A faixa entre 45 e 54 anos apresentou alta de 36,3%, seguida pelos consumidores entre 35 e 44 anos, com avanço de 26,8%.
As mulheres concentraram 54,2% do faturamento do e-commerce no período e protagonizaram o maior crescimento em relação ao ano anterior: +30,6%.
Por faixa de renda, os consumidores de maior poder aquisitivo foram os que mais ampliaram seus gastos, com aumento de 43,2%. O público de renda média registrou crescimento de 27,3%, enquanto as classes com menor poder de compra gastaram 20,6% a mais do que em 2024.
Crescimento regional
As regiões Sul e Norte foram os principais vetores do crescimento do e-commerce no período, com aumento de 46,6% e 31,6%, respectivamente. No Sul, o destaque ficou com o Rio Grande do Sul, que dobrou seu faturamento em relação ao mesmo período de 2024 — ano em que o estado enfrentava a maior tragédia climática de sua história.
O levantamento reforça a consolidação do e-commerce como canal de compra para datas comemorativas, com expansão em faixas etárias diversas, crescimento nas regiões fora do eixo Sudeste e fortalecimento das categorias de produtos para o lar e cuidados pessoais.