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CTO da Riachuelo fala sobre o impacto da pandemia no processo de digitalização das empresas e na saúde mental dos funcionários

Por: Júlia Rondinelli

Editora-chefe da redação do E-Commerce Brasil

Editora-chefe da redação do E-Commerce Brasil

“O digital ganhou outro patamar na pandemia. O efeito positivo, na percepção do consumidor, e a relação do ‘novo normal’, começaram a ficar didáticos ou teoricamente muito próximos”, comentou Carlos Alves. O CTO da Riachuelo participou do Fórum E-Commerce Brasil 2021 e falou sobre as mudanças no perfil da liderança durante a pandemia.

Em sua palestra, Carlos Alves citou o processo de digitalização das empresas e o efeito causado nos líderes, funcionários e consumidores. “As empresas colocaram os seus colaboradores em casa e nem todas, ou a grande maioria, não estavam preparadas para um movimento tão brusco. Do dia para a noite tiveram que aprender a trabalhar de forma distribuída, mas entrou a tecnologia e permitiu que isso fosse possível”.

A migração, segundo o CTO da Riachuelo, com o aprendizado e com uma nova realidade é um processo de transformação que muda a forma de ser e a regra de exigência do “perfeito” para o momento. Segundo ele, entre erros e acertos, se aprende a desenvolver e a ensinar.

Alves comentou que na realidade pré-Covid, no universo da tecnologia, pelo olhar das grandes empresas, o tempo médio de permanência em uma empresa era de 1,8 anos. De acordo com ele, havia um processo de mudança de trabalho e, quando não existia propósito e significado, o funcionário ia para outra empresa. Porém, segundo o especialista, com a pandemia, outra realidade surgiu e o cuidado com a saúde mental cresceu.

“Cresceu a venda de antidepressivos no Brasil. E cresceu a falta de profissionais. As empresas que não estão nos níveis de maturidade deixam de investir. Novas discussões estão sendo abertas, o bem estar das equipes passam a ser necessário. 83% dos desenvolvedores sofrem de Burnout e os principais motivos citados para o esgotamento são as altas cargas de trabalho, os processos ineficientes e os objetivos pouco claros ”, destacou o diretor de tecnologia.

Carlos Alves relembrou que, para as lideranças, há novos desafios dentro das organizações. Segundo ele, elas precisam ser amarradas e vinculadas para trazer compromissos e grandes significados. Ele destacou que engajamos as pessoas através do propósito, além de relações pessoais que se constrói quando há um contato físico, mas, com a pandemia, precisamos reaprender e reconstruir a cultura social dentro das organizações para o modelo distribuído.

“As lideranças precisam engajar, inspirar e conectar todos os times. A saúde mental é uma bandeira para todo o ecossistema que precisa entender a relação afetiva e emocional para construir um universo objetivo”.

No final de sua apresentação, Alves destacou que a saúde mental e o desenvolvimento das pessoas é um processo de responsabilidade de todas as áreas. “Na empresa, cada vez mais, estamos trazendo a cultura do feedback. Trazendo o entendimento do produto e o planejamento, detectamos e resolvemos o problema quando ainda são pequenos e menos complexos. Quanto mais cedo perceber isso, melhor eu serei nas entregas que geram valores para a companhia” concluiu.

Por Ana Laet, em cobertura especial pra o Fórum E-Commerce Brasil 2021

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