Para os varejistas americanos, o Halloween de 2024 pode acabar sendo mais travesso do que doce. Conforme relatado pela Bloomberg News no sábado (12 de outubro), o consumo de Halloween deve diminuir este ano, representando mais um obstáculo para as lojas que enfrentam custos crescentes e consumidores cortando despesas.
De acordo com dados da Globo Gente, em 2023, mais de 62% dos brasileiros comemoraram o Halloween. A pesquisa destacou o desejo dos consumidores em adquirir balas ou doces (72%), fantasias (69%), decoração ou enfeites (61%) e maquiagens artísticas (44%).
O relatório, citando dados da National Retail Federation, aponta que os gastos com o feriado totalizarão US$ 11,6 bilhões em 2024, uma queda de 5%. A maior redução é esperada nas vendas de cartões comemorativos e fantasias, o que é uma má notícia para os varejistas que dependem das vendas sazonais. Além disso, famílias de baixa renda estão gastando menos, segundo o estudo.
Erica Weisgerber, sócia do escritório de advocacia Debevoise & Plimpton, explica: “inflação, altos custos operacionais e a redução dos gastos dos consumidores têm sido especialmente desafiadores para os varejistas físicos, enquanto os varejistas online enfrentam uma forte concorrência de gigantes do comércio eletrônico, como a Amazon“.
Sentimentos e seus impactos no varejo
A notícia surge em meio a um período de queda no sentimento do consumidor, à medida que os americanos continuam a se sentir frustrados com o preço dos bens e serviços.
Para os clientes brasileiros, 2023, trouxe um aumento de 18% dos gastos – no ano anterior, a média de consumo ficou entre R$ 51 e R$ 300. Segundo o estudo da Globo, 19% disseram que iam diminuir o valor e 63% dos consumidores declararam que manteriam o gasto.
Embora o sentimento do consumidor norte-americano tenha caído 1,7% – 1,2 pontos no índice – um número dentro da margem de erro, ele representou uma mudança em relação aos aumentos vistos nos últimos dois meses, de acordo com resultados preliminares da pesquisa da Universidade de Michigan, divulgados na sexta-feira (11 de outubro).
O sentimento do consumidor ainda era 8% mais forte e quase 40% maior do que o ponto mais baixo registrado em junho de 2022. “Embora as expectativas de inflação tenham diminuído substancialmente desde então, os consumidores continuam a expressar frustração com os preços altos”, disse Joanne Hsu, diretora das Pesquisas de Consumidores, no comunicado.
Enquanto isso, dados divulgados na semana passada pelo Índice de Preços ao Consumidor do Bureau of Labor Statistics mostraram uma desacelaração geral da inflação em termos anualizados. No entanto, esse aumento de 0,2% mês a mês foi “mais alto” do que alguns esperavam, conforme relatado pelo PYMNTS.