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Aplicativo e site do banco Itaú voltam ao ar após erros em saldos

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

O aplicativo e o site do banco Itaú voltaram ao ar no fim da tarde de quinta-feira (3). O acesso eletrônico às contas foi suspenso por algumas horas durante a tarde, após clientes apontarem erros no processamento de dados bancários.

Os clientes que abrem o aplicativo do banco recebem um aviso de que os saldos estão sendo atualizados. “Prezado cliente, o seu saldo foi atualizado. Se algum pagamento foi realizado em duplicidade, ele será corrigido automaticamente ao longo do dia. Pedimos desculpas pelo transtorno”, informa a nota exibida no aplicativo.

Em comunicado enviado à imprensa no início da noite, o banco informou que alguns clientes enfrentam instabilidade. Isso porque o sistema está sendo restabelecido de forma gradual. “O acesso via canais digitais está sendo liberado gradativamente”, explicou a instituição.

Por meio da rede social Twitter, o Itaú informou que os horários para movimentações bancárias foram estendidos. As transferências eletrônicas diretas (TED) puderam ser feitas até as 18h15. As operações via Pix foram estendidas até a 0h, com a manutenção dos limites em vigor no horário diurno. Os boletos poderão ser pagos até as 20h30.

O problema começou pela manhã, quando clientes reclamaram de erros em saldos bancários. Alguns correntistas afirmaram terem acordado com saldo zerado ou negativo nas contas. Outros informaram depósitos a mais na conta ou a devolução de pagamentos. Há também relatos de saques não identificados e de filas em pontos de atendimento.

Em nota enviada no início da tarde, o banco informou que erros estão ocorrendo por causa de atraso no processamento de dados bancários. A instituição descartou um ataque hacker e afirma que os problemas observados hoje não têm relação com eventos externos.

“O Itaú Unibanco informa que está atuando intensamente para solucionar a inconsistência de informações verificada no extrato e saldo das contas correntes de parte de seus clientes nesta quinta-feira (3). A origem do problema está relacionada com um atraso no processamento de dados bancários, o que gerou a necessidade de reprocessamento destes. Portanto, a causa não tem relação com quaisquer eventos externos. O banco lamenta o transtorno e trabalha para que a situação seja corrigida o mais rapidamente possível”, destacou o comunicado.

De acordo com o Banco Central, o conglomerado do banco Itaú tem 90,3 milhões de clientes. O número reúne as operações de leasing, de cartões, de crédito consignado e outros tipos de operações. Se levado em conta apenas o banco, são cerca de 56 milhões de correntistas, segundo o relatório mais recente da instituição financeira, de 2020.

Procon notifica Itaú

Ainda na quinta-feira, o Itaú Unibanco recebeu uma notificação do Procon-SP para explicar sobre os problemas relatados por clientes envolvendo acesso a contas, transações não reconhecidas e erros em extratos.

O banco tem até segunda-feira (7) para esclarecer quando constatou o problema, qual é a previsão para regularizar a situação, as providências e protocolos de segurança que foram implementados, se o banco de dados foi afetado e que tipo e informações foram comprometidas.

O Procon também solicitou esclarecimentos quanto a quais serviços de atendimento foram atingidos e quantos consumidores foram afetados, além de que tipo de transações e operações foram e ainda estão comprometidas, quais os impactos para o consumidor, quantas reclamações foram registradas nos canais da empresa e se esses consumidores estão sendo direcionados para canal específico de atendimento.

O Itaú deverá explicar como o consumidor poderá exercer seus direitos, como contestação de saques e pagamento de encargos por falta de pagamento de débito.

O Procon-SP quer que o Itaú comprove se adota medidas de segurança, técnicas e administrativas para proteger os dados pessoais de acessos não autorizados e de situações acidentais ou ilícitas de destruição, perda, alteração, comunicação ou qualquer forma de tratamento inadequado ou ilícito, conforme disposto no art. 46 da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados).

O banco deve dizer se nomeou um encarregado de dados e se realizou treinamento com os colaboradores sobre a aplicação da LGPD.

Com informações da Agência Brasil e do Money Times