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Pesquisa: como aplicações multi-cloud está impactando tecnologias de e-commerce

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

A pandemia acelerou um crescimento no tráfego de comércio eletrônico, segundo pesquisa da A10 Networks e Gatepoint Research. O estudo “Tecnologia de comércio eletrônico e Tendências de entrega de aplicações em ambientes multi-cloud” tem como objetivo trazer ao mercado detalhes sobre os desafios de resiliência digital nos ambientes multi-cloud, realizaram uma pesquisa com o tema.  

A maioria dos entrevistados relatou aumento do tráfego de rede, sendo que 47% registraram um crescimento expressivo de até 20%. Apenas 14% dos entrevistados não viram nenhuma mudança no tráfego de rede. Cerca de 90% dos entrevistados relataram utilizar instâncias de fornecedores baseados em nuvens para a entrega de aplicações, como forma de garantir um crescimento sustentável do e-commerce

 A pesquisa foi realizada com 100 executivos de TI, em sua maioria com cargos de liderança de empresas de comércio eletrônico em uma ampla gama de setores, tais como: serviços comerciais e financeiros, saúde, manufatura (geral e alta tecnologia), mineração, comércio varejista e atacadista e outros. 

O papel crescente da nuvem sem dúvida ajudou as organizações a acomodar o aumento do tráfego; apenas 21% dos entrevistados relataram ter sofrido interrupções de serviço, uma parcela relativamente pequena. Entretanto, o uso de recursos públicos na nuvem também pode trazer dores de cabeça — especialmente quando múltiplas plataformas de nuvem são utilizadas, uma estratégia popular para alcançar maior eficiência e disponibilidade de aplicações.  

Ameaças de segurança trazem preocupações reputacionais  

Entre as empresas de comércio eletrônico pesquisadas, mais de 25% relataram já terem enfrentado problemas de segurança na web, como malware, ransomware, ou código malicioso. Os ataques DDoS (Negação de Serviços Distribuidos) continuaram a ser vistos também como uma questão crítica, mesmo com o aumento substancial dos investimentos em defesa contra esse tipo de ataque após o surgimento da rede de bots Mirai em 2016. 

A maioria das empresas destacou as ameaças que poderiam afetar sua imagem pública ou alienar os consumidores, com 62% citando hacking ou cyber defacement como principais preocupações, e 49% citando danos à marca ou perda de confiança dos clientes. As ameaças aos dados dos consumidores podem ser especialmente prejudiciais, atraindo o tipo errado de análise não só dos clientes, mas também dos reguladores e investidores. Mais da metade dos entrevistados citou o phishing, sites falsos e roubo de dados de usuários como as principais preocupações.   

 Para as empresas que procuram aproveitar o boom atual do comércio eletrônico, a adoção da nuvem pode oferecer um caminho pronto para a escalabilidade, agilidade comercial e eficiência de custos – mas os desafios não param por aí. “Ataques recentes de criminosos cibernéticos a grandes varejistas brasileiros que derrubaram a operação de parte dos servidores que suportavam o e-commerce causando grandes prejuízos, trazem à tona novamente a reflexão sobre a necessidade de se implantar ações e políticas de segurança de TI robustas nesse segmento de mercado no Brasil e mundo”, pontua Ivan Marzariolli, country manager da A10 para o Brasil. 

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