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Americanas reduz prejuízo em 94,7% no segundo trimestre e reforça integração entre canais

Por: Amanda Lucio

Jornalista e Repórter do E-Commerce Brasil

A Americanas registrou prejuízo líquido de R$ 98 milhões no segundo trimestre de 2025, queda de 94,7% em relação ao prejuízo de R$ 1,865 bilhão apurado no mesmo período de 2024. Segundo a CFO Camille Faria, o resultado reflete avanços operacionais e uma base de comparação impactada no ano passado por despesas financeiras ligadas ao processo de renovação da dívida.

Americanas - resultados - primeiro semestre 2024
(Imagem: Divulgação/Americanas)

Faria destacou que, no segundo trimestre de 2024, ainda havia contabilização de juros sobre uma dívida superior a R$ 30 bilhões, mesmo com o plano de recuperação judicial já aprovado. Este ano, o resultado financeiro está mais alinhado à real alavancagem da empresa. A executiva também apontou que a sazonalidade favoreceu o desempenho, já que a Páscoa, importante data para o varejo, ocorreu no segundo trimestre.

O Ebitda ajustado somou R$ 329 milhões, alta de 1.216% frente ao mesmo período de 2024. Sem ajustes, o Ebitda foi de R$ 304 milhões, contra resultado negativo de R$ 53 milhões um ano antes. A receita líquida cresceu 24,7%, para R$ 3,843 bilhões, impulsionada por aumento de dois dígitos nas vendas em mesmas lojas e por ações de otimização de sortimento e preços.

Em 2023, após enfrentar uma fraude contábil bilionária, a Americanas fechou o ano com prejuízo de R$ 2,27 bilhões. Em 2024, reverteu o resultado, registrando lucro de R$ 8,231 milhões.

Mudança no modelo de vendas

No início do ano, a Americanas comunicou uma mudança no seu modelo de negócios, focando no fortalecimento das lojas físicas e na criação de um “marketplace físico”. Nesta semana, a empresa anunciou a retomada da sua vertical de mercado.

O presidente Leonardo Coelho afirmou que a companhia deixou de lado o modelo tradicional de marketplace, priorizando a integração entre o digital e as lojas físicas. Com foco em ship from store e pick up in store, a estratégia busca encurtar prazos de entrega e oferecer conveniência ao consumidor.

O volume bruto de mercadorias (GMV) atingiu R$ 5,2 bilhões, alta anual de 15,6%. O varejo físico somou R$ 4,353 bilhões (+35,7%), enquanto o digital registrou R$ 213 milhões (-68,7%).

* Texto com informações do Broadcast