Segundo o The Wall Street Journal, a Comissão de Segurança de Produtos ao Consumidor dos Estados Unidos está preparando uma ordem que pode classificar o varejo online da Amazon como um distribuidor de mercadorias.
Essencialmente, as responsabilidades de segurança dos varejistas tradicionais podem passar a ser aplicadas ao marketplace e, consequentemente, recalls e processos judiciais podem ser empregados aos produtos do site.
A empresa não concorda com o posicionamento da agência, pois mais de 60% das vendas do site são oriundas de fornecedores externos, apenas alguns itens são do próprio estoque da organização. Atualmente a Amazon representa, aproximadamente, 40% do comércio eletrônico dos EUA, de acordo com a eMarketer.
O começo da história
A investigação, feita pela agência de segurança do consumidor, começou em 2019 em função de uma série de artigos publicados no The Wall Street Journal. Os mesmos detalharam que o braço de marketplaces da Amazon distribuía produtos perigosos e com rótulos errados – por exemplo, brinquedos infantis sem avisos adequados sobre riscos de asfixia e capacetes de motocicleta que não foram aprovados em testes de segurança.
Dois anos depois, em 2021, a empresa foi processada pela Comissão por conta da distribuição de produtos inseguros no programa Fulfillment by Amazon, que é responsável pela logística para vendedores associados.
Três produtos foram mencionados no processo: secadores de cabelo sem protetores de choque necessários, pijamas infantis que fracassaram em testes inflamáveis e por fim um detector de monóxido de carbono que não detectou a substância com precisão. A varejista emitiu créditos para os clientes que compraram os produtos e solicitou que os mesmos não fossem mais utilizados.
Entretanto, a empresa declarou que a agência federal não possuía poder legal para fazer as declarações, pois seus serviços devem ser considerados como “provedor de logística de terceiros” ao invés de um distribuidor.
De acordo com o The Wall Street Journal, os itens erroneamente rotulados, defeituosos ou perigosos que são comercializados por terceiros é muito maior do que os três produtos exemplificados no processo. Através da ordem do governo a empresa estaria mais vulnerável a processos judiciais dos consumidores e haveria uma fiscalização mais metódica da Casa Branca. ,
Fonte: Exame