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Amazon expande seu serviço de pagamentos para concorrer com o PayPal

Por: Eduardo Mustafa

Graduado em 'Comunicação Social - Jornalismo' com experiência em negócios, comunicação, marketing e comércio eletrônico e pós-graduado em 'Jornalismo Esportivo e Gestão de Negócios'. Foi editor do portal E-Commerce Brasil, do Grupo iMasters (2015 /2016), e atualmente é executivo sênior de contas na Gume

A Amazon anunciou nesta segunda-feira, 4, uma expansão de seu serviço próprio de pagamentos, o Amazon Payments. Batizada de Amazon Payments Global Partner Program, trata-se de uma parceria que ajudará outras plataformas de e-commerce na internet a integrar esse sistema em seus sites, permitindo que os consumidores paguem suas compras usando seu cadastro na Amazon.

Lançado originalmente em 2013, o projeto já funciona com comerciantes menores, mas agora chega para grandes fornecedores de plataformas de comércio eletrônico. Entre eles estão empresas como PrestaShop, Shopify e Future Shop. Por enquanto, o programa está em uma fase fechada de testes nos Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido e Japão, mas a expectativa é que a novidade seja ampliada para outros países.

Agora sob a alcunha da Amazon, essas companhias serão capazes de tirar proveito de alguns benefícios do programa global da varejista. Isso inclui gerenciamento de contas, planejamento de apoio, recursos técnicos e treinamento especializado, entre outras vantagens. As entidades também vão aparecer listadas em um diretório específico de parcerias, além de poder participar de ações de co-marketing entre elas e a Amazon.

O plano da gigante do varejo é claro: bater de frente com os principais serviços de pagamento do mercado, como PayPal e Visa. A companhia também quer se preparar para a chegada do Apple Pay como opção nativa em sites da internet. Por enquanto, o sistema de pagamentos da Apple só funciona no campo mobile, através dos modelos mais recentes do iPhone.

Como funciona
As lojas que já fazem uso do Payments oferecem uma opção para que o usuário faça login no site daquele estabelecimento usando sua credencial da Amazon. Na hora de finalizar o pedido, os dados do cartão de crédito armazenados no perfil da Amazon são usados para concluir a transação. A ideia desse sistema é facilitar a vida do cliente, que não teria de criar um novo login e senha no site do comerciante para realizar suas compras. Isto, segundo a Amazon, aumenta a interação entre a loja e o consumidor, aumentando as vendas (a longo prazo).

O mecanismo lembra o que muitas páginas na web fazem hoje em dia: vincular sua conta do Facebook para preencher automaticamente todos os campos no site ou serviço que você está se inscrevendo. Atualmente, a Amazon tem 285 milhões de contas cadastradas, sendo que, deste total, 23 milhões já fizeram uso do Payments em sites de terceiros – para efeito de comparação, o PayPal sozinho tem 173 milhões de contas ativas.

Fonte: CanalTech