AliExpress quer adaptar modelo chinês de e-commerce para o brasileiro
O AliExpress, empresa que pertence à chinesa Alibaba, quer acelerar o ritmo de expansão no Brasil. O marketplace é a maior plataforma de comércio online cross-border do mundo. Atualmente, o país está entre os cinco maiores mercados consumidores da companhia fora da China, segundo Yan Di, country manager do AliExpress no Brasil, em entrevista à Época Negócios.
Com 150 milhões de usuários ativos, espalhados por 220 países, o AliExpress quer adaptar o modelo chinês de e-commerce ao Brasil. Para isso, a empresa aumentou o número de voos fretados de mercadorias da China de modo a reduzir o prazo de entrega dos pedidos — um dos principais obstáculos para os consumidores de produtos chineses no país.
A empresa também criou uma central de atendimento ao cliente em português e vem adotando a política de devolução grátis em compras.
Para Yan Di, no cargo desde abril do ano passado, o investimento vale a pena. Afinal, 90% dos consumidores brasileiros de compras online conhecem a marca, segundo dados de uma pesquisa recente feita pela empresa. Além disso, com 60% dos usuários da plataforma com idades até 35 anos, a companhia usa os principais fatores que influenciam a decisão do brasileiro no momento da compra: preço e variedade.
O executivo contou que a variedade de itens do AliExpress é dez vezes superior à registrada em outros serviços de e-commerce no Brasil. "Sabemos que o brasileiro adota como fator decisivo a questão do preço e, durante a pandemia, com o desemprego, esse fator se tornou ainda mais essencial", disse Yan Di à publicação. "O diferencial do AliExpress é que a gente consegue conectar o consumidor com a maioria dos comerciantes chineses, por isso é possível comprar produtos com preços de fábrica e com muito mais variedade do que aqui no Brasil."