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Alibaba promete investir em causas de caridade e suas ações afundam na Bolsa

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

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A gigante chinesa do comércio online Alibaba viu suas ações se afundarem na sexta-feira (3), depois de sua promessa de investir 100 bilhões de yuanes (US$ 15,4 bilhões) em causas de caridade em resposta ao apelo do presidente Xi Jinping. Em agosto, o chefe de Estado pediu aos mais ricos de seus compatriotas que trabalhassem mais em prol da "prosperidade comum", em um país onde o boom econômico das últimas décadas acentuou as desigualdades. [caption id="attachment_52463" align="alignleft" width="478"] A Alibaba deseja investir nos âmbitos da inovação tecnológica, das pequenas e médias empresas e inclusive no bem-estar dos trabalhadores precários. Imagem: Reprodução[/caption] Na mira das autoridades nos últimos meses por diversas razões — desde a coleta abusiva de dados pessoais até as acusações de práticas monopolísticas —, a Alibaba decidiu responder ao apelo. O grupo "deseja contribuir para a conquista da prosperidade comum", disse em um comunicado Daniel Zhang, executivo da Alibaba. A gigante do comércio eletrônico anunciou que deseja investir nos âmbitos da inovação tecnológica, das pequenas e médias empresas e inclusive no bem-estar dos trabalhadores precários. Por conta disso, as ações do grupo caíram 4% na Bolsa de Hong Kong, devido à preocupação dos investidores com as consequências desta iniciativa para a empresa. "Esta doação não garante que a Alibaba não será afetada por outras medidas reguladoras", disse à Bloomberg News o analista Castor Pang, da empresa Core Pacific Yamaichi. Os reguladores chineses estão recuperando o controle das empresas tecnológicas após anos de legislação relativamente branda. Na primavera, a Alibaba foi multada com 2,3 bilhões de euros por prejudicar a concorrência. Leia também: China planeja banir e-commerce que violar propriedade intelectual Fonte: AFP, via Swissinfo