Um artigo redigido por alguém que é responsável por novos negócios de uma agência, sobre a tomada de decisão entre internalizar ou terceirizar, gera uma certa desconfiança sobre imparcialidade mas estarei aqui reforçando a habilidade da empatia, me colocando no lugar de um varejista.
Realmente admiro e entendo a complexidade das decisões pelas quais você tem que tomar, diante tantos pontos referente ao negócio, como modelo de logística a adotar em seu fulfillment, se vale ou não criar uma afiliação em um adquirente direto e contratar um anti-fraude ou ir para um gateway de pagamento que já tenha a gestão de fraude inclusa, se faz sentido vender mesmo dentro de um marketplace e, de quebra, ainda qual é o tipo de plataforma que vale adotar na operação se OpenSource, SaaS ou On-Premise.
Depois disso, tudo, para compor todos os valores que farão parte da sua operação no dia a dia, além dos impostos (sempre nos acompanham), vem a linha do seu DRE que será uma das mais importantes: MARKETING. E agora?
Equipe Interna
Caminhando neste percurso, tendo uma folha de pagamento com a contratação de uma equipe interna para desenvolver o marketing digital do e-commerce, deve-se considerar que precisará de estratégias de inbound marketing, performance, UX e design, falando de forma simplista. Negligenciando algum ponto, você pode até ser eficiente e não eficaz como poderia, todavia, o tempo de produção será reduzido pois os profissionais trabalharão apenas para sua loja que é positivo.
Contratação de Agência
Indo por esta rota, escolhendo uma agência que tenha cases e clientes que endossem suas atuações no mercado, você terá uma operação aproveitando experiências renovadas pelo perfil de profissionais que atendem a outras empresas e com isso, insights diversos podem surgir sendo um ponto positivo. Contudo, o fator tempo amplia devido a organização de solicitações (briefings) e alocação dos profissionais para a sua produção quando em fee mensal por horas.
Core Business fará a diferença na decisão
Para saber o que vale a pena para o seu e-commerce neste trade-off é realmente olhar para o que de fato é o core do seu negócio. Se a sua loja é baseada na cadeia puxada (make-to-order), ou seja, os produtos são personalizados ou confeccionados com o pedido realizado, significa que os esforços de marketing serão concentrados no porquê comprar na sua loja, pelos atributos de matéria-prima, valores da empresa, e terá foco para tomada de decisão do consumidor até antes de chegar no checkout pois ele entrará em sua loja mais propenso a converter. Uma equipe interna poderá colaborar mas o processo de pesquisa e gestão de marketing uma agência tende a ser uma estratégia mais assertiva.
Quando a loja tem o foco em uma cadeia empurrada (make-to-stock), com produtos já fabricados só esperando o consumidor escolher qual SKU comprar para receber em casa, na maioria dos casos você tem a escolha de produtos para vender, e vai se apoiar em grandes campanhas dos fabricantes para otimização em processos de criação, alinhamento de comunicação e reação da concorrência com redução de preços, justificando ter equipe interna trabalhando com a média histórica de vendas e sazonalidade. Certo?
Entretanto a estratégia para atração e retenção de clientes continua sendo um grande desafio devido as inúmeras competências e análises que são exigidas para um plano de marketing efetivo e para tal, caso não consiga headcount (budget) suficiente para todas as necessidades, vale um modelo misto de equipe interna e externa (agência) complementando o que não for viável devido ao momento econômico que estamos.
Deixar 100% em uma agência pode ser uma opção constante ou temporária, o grande ponto é alinhar o nível de serviço de acordo a necessidade da operação, conforme seu budget disponível e competências necessárias para ter uma excelente atuação com ROI em vendas e fidelização.
Espero ter colaborado em colocar mais insumos na sua tomada de decisão. Se puder colaborar em algo mais, entre em contato.