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Setor de moda: o sortimento certo para o público ideal

Por: Mayra Gianoni

Gerente de Negócios da Americanas Marketplace

É Gerente de Negócios da Americanas Marketplace. Seu foco é sobre a aquisição de novos lojistas, atendimento, desenvolvimento e capacitação dos vendedores da plataforma. Ela é formada em Relações Públicas pela Unesp e pós-graduada em Gestão de Marketing e Comunicação pela USP.

Se eu te perguntasse o setor campeão de vendas no e-commerce no ano passado, qual seria seu palpite? Eletrônicos, livros, móveis, cama, mesa e banho, talvez?

A resposta pode surpreender, mas não teve para nenhuma outra: a categoria de moda e acessórios foi a maior em volume de vendas, responsável por 19,6% de todos os pedidos feitos online em 2020, segundo o relatório NeoTrust.

E engana-se quem acha que este foi um aumento temporário, motivado pelo fechamento das lojas físicas. O número continua alto, como mostram os resultados do primeiro trimestre de 2021. A categoria segue em primeiro lugar, trazendo 16,6% do total de pedidos realizados no período, de acordo com o mesmo relatório.

Dados da consultoria Conversion também apontam que a categoria bateu a marca de 1,5 bilhão de acessos e cresceu 95% só em 2020. Do ano passado para cá, já aumentou 52%, um número expressivo, de 10% na comparação mês a mês e de 63% ano a ano.

Como vender bastante nunca sai de moda e as oportunidades não dão sinal de desaceleração, trouxe algumas informações importantes para você transformá-las em resultados. Tudo para conhecer o comportamento do consumidor que compra roupas online, escolher o sortimento certo e apresentar do melhor jeito possível para o público ideal. Confira a seguir:

Quanto o brasileiro gasta na categoria?

O ticket médio do setor de roupas e acessórios no e-commerce é considerável. No primeiro trimestre de 2021, a média de gasto por compra foi de R$ 145,00, como informou o relatório NeoTrust.

E mais: os brasileiros estão entre os que mais gastam nessa categoria no mundo! Segundo dados divulgados pelo E-Commerce Brasil, temos o nono maior mercado entre um total de 195 países.

Considere a frequência com que o público compra roupas — um hábito que não depende de datas sazonais — e a representatividade da categoria, como vimos acima. Assim, fica claro que atrair e conquistar esse consumidor pode ser muito vantajoso para o seu negócio.

Fique de olho nas tendências

Quando o assunto é moda, o básico funciona. Isso se aplica ao e-commerce também. Ter no seu sortimento itens do dia a dia, como calças e camisetas, aumenta suas chances de vender bastante o ano todo, mas esteja sempre atento às tendências.

O Google oferece ferramentas, como o Think With Google e Google Trends, que podem ser grandes aliadas para quem quer acompanhar o comportamento do público e da concorrência, facilitando a prática de benchmarking.

Alguns marketplaces fornecem o Analytics interno da plataforma, que mostra os itens mais desejados pelos clientes dos maiores e-commerces do Brasil.

Acompanhar influenciadores relevantes, que têm seu estilo imitado por milhões de pessoas em todo o Brasil, também possibilita que você antecipe o comportamento do público e mantenha seu estoque sempre atualizado.

E por falar nesse assunto, marque presença nas redes sociais: a 44ª edição do relatório Webshoppers trouxe que elas são o principal caminho que levam clientes para as lojas online de roupas e acessórios.

Escolha bem os canais de venda

Para impulsionar suas vendas, é preciso estar onde o cliente está. O público que compra roupas online, por natureza, sente uma necessidade grande de confiar muito na loja escolhida, porque fica receoso de precisar trocar ou devolver o item, afinal, não pôde provar, como faria em uma loja física.

Assim, vender roupas no marketplace é uma grande vantagem competitiva: seu negócio passa a contar com a credibilidade trazida por marcas consolidadas e reconhecidas, aumentando a confiança sentida pelo cliente e resultando em vendas mais altas. O processo de troca e devolução, se for preciso, também é descomplicado, o que ajuda a deixá-lo ainda mais seguro.

plataformas de marketplace que possibilitam, com um único cadastro, a venda em sites muito acessados — e que possuem públicos com comportamentos de compra diferenciados.

Canais assim podem ajudá-lo na hora de impulsionar um sortimento diversificado de produtos de moda e que despertam o interesse de pessoas com necessidades específicas: conforto, praticidade, estar por dentro das tendências de moda, custo x benefício etc.

Capriche nos cadastros de produtos

Como falei, quem compra roupas e acessórios pela internet não pode provar os itens antes de levá-los para casa.

É por isso que o cadastro dos produtos é tão importante: para o cliente, a principal dificuldade – e que pode até se tornar um impedimento — é saber se o tamanho vai servir, como as cores são do outro lado da tela, qual é o tecido utilizado naquela peça…

Da fotografia à ficha técnica, passando pela descrição, não economize em detalhes e não perca nenhuma oportunidade de fazer negócio. Quer apresentar seus itens com ainda mais destaque?

Conte com o live commerce: você pode mostrar as roupas e acessórios do seu estoque diretamente para o público interessado na sua loja, ao vivo e sem gastar nada (as transmissões podem ser feitas nas redes sociais ou outras iniciativas ao vivo). Tudo isso aliando vendas e entretenimento, tirando dúvidas, mostrando benefícios, informações como tecido, medidas, usos e diferenciais. E já que estamos falando disso…

Crie uma estratégia de marketing

O marketing de moda pode fazer a diferença nos seus resultados. Considere apostar na criação de conteúdo, trazendo assuntos relacionados ao universo das roupas que você vende — como dicas de estilo ou para customizar “looks”, por exemplo —, criar uma campanha de mídia, multiplicando sua visibilidade em pontos estratégicos da jornada do consumidor, e em tendências eficientes como unboxing.

Espero que as dicas impulsionem seus resultados no segmento de moda e acessórios. Boas vendas!