A vida de um influenciador pode parecer incrivelmente fascinante, criando conteúdo. Quem não gostaria de passar seus dias tirando fotos, recebendo presentes de marcas famosas e ser pago para postar sobre elas no Instagram?
É um estilo de vida que atrai muitos jovens, tanto que, segundo estudo conduzido pela empresa Awin, tornar-se influenciador de redes sociais é a segunda opção de carreira mais popular entre os adolescentes de 11 a 16 anos (perdendo apenas para a profissão de médico).
No entanto, as vidas perfeitas e padrões de beleza já foram comprovados como nocivos à saúde mental dessas pessoas. Segundo pesquisa realizada pela instituição de saúde pública do Reino Unido, Royal Society for Public Health, em parceria com o Movimento de Saúde Jovem, o Instagram foi avaliado como a rede social mais prejudicial à mente dos jovens.
Por conta disso, as empresas estão cada vez se preocupando menos com ilusões de perfeição e números de seguidores, e mais com qualidade de engajamento e conteúdo saudável e genuíno. Nesse momento, trabalhar com micro influenciadores tem se mostrado uma estratégia incrivelmente poderosa para as marcas.
Poder de conteúdo genuíno
O estudo “Influenciadores digitais” realizado pela Qualibest revelou que, entre os brasileiros que estão online, 71% seguem algum influenciador e, dentre eles, 55% afirmaram que costumam pesquisar a opinião de criadores de conteúdo digital antes de efetuarem uma compra importante. Além disso, 86% dos entrevistados afirmaram já terem descoberto um produto via influenciador, e 73% já adquiriram algo indicado por esse profissional da internet.
Porém, apesar dessas personalidades terem um papel importante como fonte de informação e de influência em compras (50%), a confiança do consumidor ainda está concentrada nos amigos e parentes (56%).
Por conta disso, os micro influenciadores, que são vistos de uma forma muito mais acessível e amigável, possuem a vantagem de criar conteúdo genuíno e se conectar com seus seguidores. A vida das blogueiras de luxo está cada vez mais distante da realidade, com suas viagens e glamour. A nova geração não se identifica mais tanto com essa rotina, e está deixando as superficialidades e gatilhos de lado.
#SemFiltro
Quando falamos nessa hashtag, você pode até já imaginar do que se trata e associar ao movimento que surgiu no Instagram, no qual as pessoas postavam fotos ao natural, sem os filtros disponibilizados pela rede social, certo?
Bem, a realidade é que não se trata literalmente apenas de fotos, mas sobre pessoas que dividem sua realidade e rotina com pessoas que se familiarizam com o conteúdo, mostrando seu corpo real, seus conflitos e não vivendo mais apenas dentro de uma bolha de fantasia.
Embora o Instagram seja, antes de tudo, uma plataforma visual, as fotos bonitas são suficientes para ter sucesso na plataforma
Até porque, sabemos bem que hoje o número já não é mais relevante para o Instagram. Esse ano, a rede social resolveu ocultar a quantidade de curtidas nas publicações e parece que muitas celebridades ficaram incomodadas com isso.
Por conta disso, podemos entender que os influenciadores precisam combinar esse conteúdo genuíno de alta qualidade com legendas e histórias envolventes, para que isso pareça mais verdadeiro e autêntico e menos como se estivessem vendendo algo. É com essa proposta que os micro influenciadores trazem para as empresas uma oportunidade genuína de se destacar e construir relacionamentos reais.