É difícil encontrar hoje em dia alguém que afirme categoricamente nunca ter feito uma compra sequer pela internet. Se abrirmos ainda mais esse termo pensando em quem, por exemplo, faz operações bancárias básicas online, como pagamento de contas, o número cai ainda mais.
Em tempos de ficar de casa, ainda por cima, mesmo quem antes não estava habituado às compras virtuais de repente viu que essa não era mais uma opção a se desdenhar, e sim uma possibilidade com vantagens para o bolso e até para a saúde, levando em conta tudo o que está acontecendo.
Muito antes da pandemia, porém, o e-commerce no Brasil já apresentou o expressivo número de R$ 75,1 bilhões em faturamento em 2019, 22,7% a mais do que em 2018 segundo dados do NeoTrust. Isso mostra na prática que o brasileiro está comprando online.
Mas até onde isso vai? É o que tanta gente está tentando responder, pois o baque na economia mundial previsto para 2020 é mais assustador a cada mês de caos pandêmico (e econômico que passa).
É hora de analisar as qualidades e falhas do presente no varejo de e-commerce para encontrar as soluções do amanhã.
Integração com plataformas e pesquisas
Procurar novas soluções para os negócios é algo que deveria ser cotidiano em qualquer empresa que invista no e-commerce — mas sabemos que não é bem assim. Uma crise, porém, pode ser o empurrão ao mesmo tempo assustador e necessário para que mudanças sejam feitas.
Uma das ferramentas mais úteis da modernidade e que está em constante crescimento são as plataformas especializadas em pagamento. Muitas empresas especializadas em e-commerce, inclusive, desenvolveram suas próprias formas de pagamento e veem estas se expandindo para além das limitações de atuação da sua empresa-mãe — falo, claro, de PagSeguro, Mercado Pago e tantos outros.
Mas será que não é possível ir além? Algumas empresas de iGaming já aceitam criptomoedas e a integração com plataformas que negociam elas. Talvez no futuro tenhamos nomes como a Olymp Trade considerados como opções de integração de plataforma.
Afinal, pesquisas de cauda-longa nas buscas do Google sobre como investir no IQ option, por exemplo, crescem a cada dia. Há cerca de 320 buscas mensais, o que dá uma boa mostra de que é justamente nessa integração do setor varejista com novas formas de recursos virtuais onde reside o futuro do ramo.
Porém, termos mais curtos como *IQ Option têm um número impressionante de 550.000 buscas mensais apenas em nosso país. Isso mostra que o brasileiro está realmente em busca de informações e alternativas para investimentos online.
Presente e futuro do e-commerce
Nada aguça mais a criatividade do que a necessidade, e o mesmo vale para o comércio como um todo. Se alguém de 20 ou mesmo 10 anos atrás fosse transportado para o presente e visse as possibilidades de compra online — transporte, alimentos, eletrônicos e o que mais a imaginação permitir — certamente ficaria no mínimo impressionado.
A internet mudou a forma como o consumidor enxerga o mercado. Especialmente da geração Millennial em seguida, que já prefere pesquisar e comprar diretamente online. É diferente de seus pais Baby Boomers ou da Geração X, que em geral compravam pessoalmente ou pesquisavam na internet para comprar pessoalmente, respectivamente.
Um dos motivos para isso é a simples precificação. Existe uma tendência natural a preços mais atraentes no meio online, ou ao menos uma chance que parece mais real para descontos e promoções. O outro, talvez mais importante, é a simples facilidade de fazer tudo sem sair de casa.
Isso não quer dizer, porém, que os comércios online sejam um paraíso à prova de falhas. A pandemia veio justamente para provar que, embora a compra online seja uma das soluções para manter o negócio funcionando, falta de planejamento em qualquer front de atuação pode custar caro.
Pensar a longo prazo sob as novas condições é essencial para o empresário que investe em e-commerce. Ainda mais num momento tão delicado, no qual obter capital de giro parece mais difícil do que nunca. Talvez seja a hora de rever prioridades e políticas em todos as engrenagens do negócio — da gestão de carreiras até a mais simples precificação do dia a dia.
* Dados coletados no Google Keyword Planner, em Agosto/2020