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O futuro do e-commerce em um mundo pós-pandemia

Por: Sidney Zynger

Formado em Administração de Empresas e Propaganda e Marketing pela ESPM, é apaixonado por e-commerce. Já trabalhou na implantação de várias lojas virtuais e está sempre atento às novidades do setor para oferecer soluções ao dia a dia dos empreendedores brasileiros.

Muita coisa mudou desde que o cenário mundial passou a voltar os olhos à saúde pública por conta da pandemia da Covid-19. Desde então ocorreram transformações que, provavelmente, vieram para ficar. No Brasil, desde março de 2020, mais de 34 milhões de brasileiros tiveram sua primeira experiência de estudo online. Entre outras mudanças, como a forma de nos relacionar, de trabalhar e também de consumir.

O e-commerce está no meio de um boom de popularização. Afinal, para muitos negócios este é o único formato possível para continuar mantendo suas operações em dia. Uma lição que nos é deixada é que, assim como todo o mundo está interligado, também o comércio deve oferecer experiências híbridas e cada vez mais voltadas ao online — já que também vai ao encontro de tendências de comportamento do consumidor.

O que pensa quem compra?

O consumidor já vinha em uma jornada de compra omnichannel, onde mesclavam-se experiências em lojas físicas e lojas virtuais. Ao mesmo tempo em que o e-commerce passa a ser uma oportunidade de empreender, também ocorre uma carga enorme de novos lojistas. E neste cenário os marketplaces passam a ser referência para os consumidores para delimitar onde comprar.

A partir do isolamento social, a compra online se tornou a opção mais viável, e as empresas que passaram a vender online agora não farão o caminho de volta no pós-pandemia. O mesmo será aos restaurantes que tiveram que fazer entregas por delivery para manter a operação funcionando. É um caminho sem volta, pois acelerou uma transformação digital que iria acontecer dentro de alguns anos. O consumidor entendeu na prática as facilidades do e-commerce, e deve substituir boa parte de suas compras presenciais mesmo no pós-pandemia.

Transformação de hábitos de compra e de venda

É fato que a Covid-19 transformou os hábitos de consumo. Desde as primeiras semanas de isolamento, onde houve o pico de vendas no e-commerce, muitos negócios passaram a lidar com desafios de logística e estoque. Estes setores do e-commerce estão sendo fundamentais e, por isso, o seller deverá ficar de olho e dar importância devida a essas áreas.

O seller deve, mais do que nunca, integrar suas áreas internas por meio de um sistema de gestão, a fim de proporcionar melhor experiência ao consumidor.

Outra tendência que veio pra ficar é o atendimento personalizado via redes sociais e WhatsApp como um canal de venda. Para o consumidor é um meio facilitador de ter informações sobre os produtos e serviços. Os hábitos do consumidor brasileiro estão cada vez mais digitais. Por isso, esse movimento de compras via canais online também deve permanecer mesmo após o final do período de isolamento flexibilizado.

O novo cenário é a reinvenção

Sem dúvida não está sendo um período fácil para os negócios. Mas as mudanças causadas pela pandemia no Brasil — principalmente no cenário de comércio — vai ultrapassar as barreiras do limite do isolamento e se tornará um hábito ainda mais recorrente adquirir pelo e-commerce.

Os negócios, em especial os de produtos considerados não essenciais, como roupas, acessórios, bebidas, restaurantes, entre outros, são os que mais necessitam se adaptar para continuar em operação. É também momento de educar o cliente ao formato de compra. Lembre-se que ele está vencendo o medo de comprar online produtos que normalmente compraria pessoalmente.

Ser omnichannel já não é uma tendência, mas uma realidade. As marcas precisam se adaptar ao momento que, mesmo passageiro no formato de isolamento e crise, irá deixar marcas profundas na forma de consumir e vender. O omnichannel visa estar presente em todos esses meios de comunicação com o cliente — e é preciso ter plataformas à disposição para que tudo funcione de acordo com o esperado.

Os caminhos possíveis são muitos. Mesmo sendo cedo para dimensionar como será a nossa vida após esse período, já é possível entender que as mudanças são importantes e é preciso estar aberto e se reinventar.