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Nativos digitais: entenda a relação entre a geração Z e as transformações comerciais

Por: Renan Mota

Renan Mota é sócio-fundador e COO da CoreBiz, agência de marketing cognitivo omnichannel, especializada em soluções para comércio eletrônico. Atua desde 2002 com comércio eletrônico e é responsável pela implementação de novos canais de venda, baseando sempre suas decisões em dados. Do mundo físico ao digital, Mota já implementou e integrou centenas de projetos omnichannel

Em terra de tiktokers, quem agrega valor aos consumidores é rei. De antemão, traço aqui um paralelo direto e reto com a geração Z – o grupo de pessoas nascido a partir de 1995 que cresceu com a popularização da internet e a ascensão das redes sociais. Em meio a tecnologias, smartphones e tablets, o comportamento dos nativos digitais já reverbera em um novo modelo de consumo.

À medida que o poder de compra das novas gerações aumenta, os varejistas online e offline precisam investir pesadamente em pesquisa e em aprender sobre os novos hábitos de compra.

Você pode até não se dar conta, mas a sua forma de consumir está intrinsicamente ligada à sua geração. Assim, as transformações que seguem desde o fim da Segunda Guerra Mundial, quando nasceram os baby boomers, até a chegada dos millennials e da geração Z, no século 21, impactam o mundo e, claro, o marketing e os negócios.

Nos hábitos de compra

Por isso, à medida que o poder de compra daqueles que dominam as novas tecnologias aumenta, os varejistas online e offline precisam investir pesadamente em pesquisa e em aprender sobre os novos hábitos de compra.

Falando nisso, o Snapchat divulgou um levantamento sobre a geração Z em 2022, em que revela as tendências encabeçadas por esse grupo e o impacto que estão causando no Brasil. O objetivo era entender melhor os hábitos, os comportamentos e as preferências dos nativos digitais quando se trata de como interagem, como se envolvem com as marcas e a publicidade a partir de uma perspectiva de comércio e como gostam de se comunicar.

Experiências imersivas e bem coletivo

Resultados apontaram que 96% desse público estão interessados em usar a realidade aumentada (AR) para fazer compras, e 90% gostariam de usar a tecnologia para experimentar maquiagem ou roupas. A pesquisa também revelou que 65% dizem que as experiências com AR parecem mais pessoais e que 71% são mais propensos a prestar atenção em anúncios com essa tecnologia.

O que mais chamou a atenção durante o estudo foi o potencial das experiências imersivas para transformar o modo como a geração jovem se comunica e se comporta online.

A pesquisa ainda mostrou que 83% das pessoas dessa geração estão buscando e priorizando ações que valorizem o bem coletivo. Além disso, a maioria (65%) afirma que usar lentes/filtros de AR ajudam a se sentirem mais conectadas às marcas, e 54% disseram que se conectaram com outras pessoas justamente por meio das marcas preferidas.

Ou seja, negócios que focam em complementar os espaços que a geração Z está criando, oferecendo experiências mais personalizadas e imersivas, estarão à frente do mercado. Ficar por dentro de comportamentos, hábitos, aptidões e preferências de cada geração auxilia na compreensão e na comunicação a ser utilizada para atender da melhor maneira consumidores cada vez mais exigentes, decididos e antenados sobre os avanços tecnológicos. O cenário em pauta se volta para um consumo com propósito e como expressão de identidade e valores.

Diante disso tudo, o que esperar, então, dos alphas (nascidos a partir de 2010), que chegam ao mundo hiperconectados? Fica a dica para um próximo bate-papo!