Há algum tempo observamos uma ruptura no perfil do profissional de marketing atual. Entendia-se que, para trabalhar nessa área, a pessoa deveria ter habilidades mais criativas e relacionadas às ciências humanas, menos matemáticas e exatas. Mas essa linha está cada vez mais fina e delicada, uma vez que o desafio desse tipo de profissional é transformar dados em ações. E essas ações precisam ter o consumidor como centro da estratégia.
A dependência dos dados para o desenvolvimento de estratégias efetivas traz à tona outro tipo de profissional: o de tecnologia de informação. Esse cara não pode mais ser o arquétipo do programador fechado em sua baia, olhando para códigos com fone nos ouvidos e sem olhar para os lados. Ele não pode mais somente se preocupar com os aspectos técnicos, mas com o ramo do negócio como um todo.
O profissional de TI precisa entender a missão da empresa. O setor de tecnologia de informação tem de ser um departamento aberto, voltado para fora. É papel dos profissionais de TI saber como seu trabalho pode ajudar a alcançar os objetivos da empresa.
Quando as áreas de marketing e TI relacionam-se em sintonia e em torno de um objetivo comum, fica mais fácil elaborar e desenvolver um projeto de business inteligence, que vai beneficiar a empresa e seus clientes. Ambos os setores têm de compreender as necessidades e os processos um do outro e isso se resolve com entendimento mútuo. TI entendendo a missão de marketing e o marketing compreendendo TI como um apoio estratégico que dá as melhores soluções tecnológicas.
Dados consistentes e bem modelados são fundamentais para estratégias assertivas de comunicação. Por exemplo, o Luizalabs, braço de tecnologia do Magazine Luiza, desenvolveu um programa próprio de recomendação de produtos. O sistema capta os dados de comportamento do usuário no site e essas informações são recebidas e parametrizadas por nossa equipe e utilizadas em ações de e-mail marketing automatizadas.
Essa inteligência artificial garante conteúdos relevantes para cada cliente do Magazine Luiza: se ele navegou e clicou em artigos esportivos, se o cliente navegou e clicou em produtos de informática receberá recomendações da categoria na próxima comunicação por e-mail.
A ferramenta de recomendação foi possível graças à sinergia entre os times de TI e marketing, que trabalharam em torno de um objetivo comum: aprimorar o relacionamento online com o cliente. Aliás, unir a diversidade de competências comuns a marketing e tecnologia da informação em prol do consumidor será diferencial de uma marca em tempos de big data.