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Lojas virtuais "dinossauro" estão prejudicando suas vendas

Por: Rodrigo Schiavini

Fundador e CEO da SmartHint. Diretor Regional Paraná da ABComm, com mais de 10 anos de experiência em comércio eletrônico para grandes marcas dos mais variados segmentos.

Em dias de grandes ofertas, já é comum nos depararmos com lojas virtuais lentas ou fora do ar. Isso é frustrante para todo mundo. Os consumidores sentem-se frustrados por não conseguir realizar suas compras. Os varejistas, muitos dos quais investem verdadeiras fortunas em seu negócio, deparam-se com prejuízos incalculáveis dadas as estruturas tecnológicas antigas e ultrapassadas do cenário atual do e-commerce. São as famosas lojas virtuais “dinossauro”.

Este último Black Friday, que ocorreu no dia 29 de novembro, ficou marcado por reclamações de consumidores que não conseguiam comprar em diversos sites. Foram várias as mensagens exibidas quando a loja ficava fora do ar (o famigerado 404), mostrando mensagens de “Ops, loja cheia, retorne em alguns minutos”.

Por que ainda temos essa situação no comércio eletrônico brasileiro? A questão é simples, porém, pouco divulgada. Trata-se de estruturas tecnológicas desenvolvidas há mais de 10 anos e que, infelizmente, não foram projetadas para o cenário atual de visitação e vendas. Os fornecedores que estão nesta situação (a grande maioria) ainda tentam buscar alguma solução, investindo em hardware potente, mas que acaba sendo limitado e de alto custo.

Ao buscar uma plataforma de e-commerce, procure saber há quanto tempo a tecnologia desta loja existe. Ligue para os clientes destes fornecedores, pergunte como se comporta a loja virtual em um dia de grande venda, como o Black Friday. Comprar algo, pagar um alto preço, e saber depois que você adquiriu uma plataforma de loja virtual “dinossauro” é algo frustrante, caro e pode arruinar seu negócio.

Conheço casos de lojistas que vendiam em média 120 pedidos por dia e que, após a mudança de plataforma (para uma “dinossauro”), viram suas vendas caírem, chegando a um patamar de apenas 20 pedidos por dia. Ou seja, vendendo aproximadamente 16% do que vendiam antes da troca. Infelizmente os custos fixos continuam, o que complica o negócio.

Outro caso interessante de citar é de um varejista famoso que decidiu trocar sua plataforma de e-commerce, pois se sentia limitado com o fornecedor antigo, cuja tecnologia não conseguia acompanhar o crescimento do negócio. Após a mudança, esta loja virtual viu seu recorde histórico de vendas de um único dia ser ultrapassado apenas duas semanas após a troca. Isto é, com a escolha certa, varejista só tem a ganhar.

Por isso, pesquise e compare as soluções dos diversos fornecedores de tecnologia para e-commerce. Sobretudo, converse com vários clientes que utilizam a solução dessas empresas. Não se deixe levar por propagandas que desconsideram os problemas que seu business irá enfrentar após contratação. Certifique-se de que não esta comprando “gato por lebre”.