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E-commerce de nicho e a ampliação das vendas através de marketplaces

Por: Alice Wakai

Jornalista, atuou como repórter no interior de São Paulo, redatora na Wirecard, editora do Portal E-Commerce Brasil e copywriter na HostGator. Atualmente é Analista de Marketing Sênior na B2W Marketplace.

Carlos Alves, Diretor da Casa América, conta sua experiência de e-commerce de nicho e como ampliou suas vendas através de Marketplaces

Depois de implantar a plataforma para e-commerce, definir o ERP (sistema de gestão empresarial), fornecedores, produto… Você pode pensar assim: “Meu e-commerce está pronto para contabilizar lucros”. Certo? Mais ou menos.

Na verdade você fez 20% de todo o processo. Para quem está começando e principalmente para os e-commerces de nicho, vale a pena considerar a possibilidade de vender dentro de um marketplace (varejistas).

Vender por marketplace pode ajudar você a otimizar operações, diminuir custos com marketing, além de ajudar a consolidar a marca no mercado. “Para um e-commerce de nicho vender por um marketplace faz todo o sentido já que precisamos que as pessoas confiem na nossa marca, mas ainda não temos a mesma credibilidade das lojas grandes”, explica Carlos Alves.

Para o diretor, todos os e-commerces (pequenos, médios e grandes), passam pelas mesmas dificuldades: poucas transportadoras, frete caro, tempo de entrega maior, dificuldade de entregar produtos maiores, demora na resolução de problemas relativos à entrega, dificuldade de integração com pagamentos, etc.

Carlos viu na parceria com o marketplace uma alternativa para gerar marketing e venda, sem perder sua característica de loja. A parceria gerou aumento do tráfego, deu mais visibilidade para o produto e aumentou o giro de estoque da loja. “A gente imaginava que a parceria iria influenciar no giro de estoque, apesar de não sermos uma empresa de moda, o nosso produto tem um ciclo de vida mais longo e por isso é muito difícil vender um jogo de cama do ano passado para uma mulher, por exemplo. Isso aumenta torna a dificuldade de giro do meu estoque muito maior”, explica Carlos.

O resultado foi bastante positivo: todas as expectativas foram alcançadas. Veja as conclusões após um ano de parceria com o marketplace para a Casa América:

1º Vender dentro de um marketplace foi um acerto! E-commerces de nicho ganham potencialidade com marketplaces, porque passam a fazer parte de um mix mais completo de produtos. Produtos de nicho têm normalmente melhores margens brutas, por terem menos giro, e com o marketplace, conseguimos potencializar o giro sem mexer na margem bruta. É uma parceria justa, que dá resultado e que pretendemos ampliar.

2º Marketplace é um ótimo canal de vendas! Tudo que colocamos lá vendeu. Algumas pessoas dizem que os marketplaces querem aprender como nós, lojistas vendemos para colocar nosso produto no site deles. Pode até ser verdade, mas eu sou uma empresa de produto e quem garante que esse produto será vendido amanhã? O ciclo de vida do meu produto é curto, o marketplace (do tamanho que elas são) não vai se preocupar com um produto de 70 reais. Não faz sentido para o marketplace investir tanto dinheiro para estocar todos esses produtos.

3º O marketplace reduz o custo de marketing! O nosso custo com marketing é zero. Tudo que colocamos no marketplace vendeu: desde os produtos mais baratos até os mais caros. E quando conseguimos uma inserção no mailing deles ainda temos um upgrade bacana de vendas. Durante o Black Friday o marketplace avaliou os nossos produtos para saber se realmente poderia divulgar em seu site, o que demonstrou também a seriedade deles.

Além dessas conclusões, algumas surpresas positivas aconteceram: a loja eliminou custos com frete (nesse caso o marketplace se responsabiliza), conseguiu receber antecipação de vendas (independente das parcelas dos clientes), entre outros. Pense nisso.