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Seu e-commerce está preparado para novos consumidores digitais?

Por: Bruno Borges

Bruno Borges é formado em Publicidade e Propaganda pela ESPM e tem MBA em Business Administration pela mesma instituição. Com vasta experiência em performance, digital e growth marketing, o CMO da Provu atua no segmento de fintechs desde 2016, quando ingressou como gerente de marketing da Enova International, empresa norte-americana de crédito online. Em 2019, entrou como CMO na ID Finance, também do segmento de empréstimo digital, onde permaneceu até sua chegada na Provu. Anteriormente à jornada de fintechs, Bruno trabalhou no Groupon e na Predicta.

Nos círculos de quem trabalha com varejo em suas diversas frentes, o assunto já está batido: o salto da migração do físico para o digital impulsionado pela pandemia do coronavírus acelerou muitas mudanças e lançamentos no que diz respeito à compra online.

Como seu e-commerce tem avançado em novos canais de aquisição e transformado iniciativas analógicas em digitais com usabilidade?

Segundo pesquisa feita pela Kantar, o Brasil foi o país da América Latina que teve o maior aumento de compras no meio digital: 30%, percentual acima do da região (24%) e da média dos demais continentes (27%). Em relação aos clientes acostumados com esse tipo de compra, em 2020, o número saltou 29% na comparação com o ano anterior, de acordo com dados da pesquisa Webshoppers 43, da Ebit/Nielsen em parceria com o Bexs Banco.

As circunstâncias aceleraram esses números, e aqueles consumidores que ainda não se sentiam confiantes ou confortáveis para comprar online se viram diante da necessidade de se adaptar ao digital. Com a gradual retomada no que já se chama de “pós-pandemia”, notamos que o consumidor digital atravessou bolhas e gerações – em pesquisa feita pela PwC, compras por dispositivos móveis cresceram 45% e por computador, 41%.

Brasil à frente no setor financeiro

É fato que o Brasil é um dos países que estão mais à frente em soluções que incluam a população no sistema financeiro. As iniciativas do Banco Central que se fortaleceram nesse período, como cadastro positivo, Open Finance e o apoio gradual às fintechs, são fundamentais para esse processo e a retomada da economia. Claro que também não podemos nos esquecer do “queridinho” entre essas ações: o Pix, que já é referência no mundo inteiro. Além disso, somos líderes no desenvolvimento de moedas digitais de bancos centrais (CBDC).

Lojas que antes operavam somente no ambiente físico tiveram que se adaptar ao online rapidamente, e aquelas que já estavam no digital foram estimuladas a garantir uma melhor experiência para os clientes “novatos” nesse tipo de compra. Agora, nos deparamos com um novo consumidor digital, mas passadas essas necessidades que a pandemia nos impôs, como garantir adesão e fidelização daqueles que chegaram ao e-commerce por pura necessidade involuntária?

Claro que, nesse movimento, o mercado também priorizou o lançamento de soluções que facilitassem o consumo. E aqui me atenho a um dos lançamentos que mais têm impactado esse acesso ao redor do globo: o Buy Now Pay Later (compre agora, pague depois ou, utilizando um termo ainda mais popular, crediário digital).

Soluções de pagamento como diferencial competitivo

Estar a par de novas soluções de pagamento é, sem dúvidas, um diferencial competitivo reforçado com a demanda de novos consumidores, ainda mais no que diz respeito a iniciativas inspiradas em modelos já bastante conhecidos – nesse caso, o “carnêzinho” – e que alcançam até mesmo aqueles que ainda não utilizam o Pix, seja por insegurança ou por não estarem no sistema bancário.

Nos Estados Unidos e em países da Europa, onde o parcelamento de compras não era algo comum como é para os brasileiros, as financeiras integraram a solução a fim de atender à população, porém agora com a roupagem e a facilidade do digital. De acordo com a Venture Capital, o Buy Now Pay Later cresceu 23 vezes entre 2016 e 2021, com aproximadamente US$ 164 milhões investidos em todo o mundo.

O Brasil também foi rápido em atualizar o que já era conhecido, trazendo a solução do BNPL para lojas online e físicas, aumentando o poder de compra daqueles sem limite no cartão e até mesmo sub ou desbancarizados. Segundo pesquisa feita com clientes da Provu, mais de 60% escolheram essa modalidade de pagamento para não comprometer ou porque não possuíam limite no cartão, mostrando que a solução é estratégica para se adaptar às necessidades atuais dos brasileiros.

Como seu e-commerce tem se preparado para avançar nesses canais de aquisição e transformar iniciativas analógicas em digitais com fácil integração e usabilidade? Oportunidades para inovar e sair à frente nessa corrida estão disponíveis, e quem agarrá-las certamente garantirá experiências mais atraentes, seguras e sem atritos para esse novo consumidor digital e, claro, para aqueles que já compram no online há mais tempo e sabem quando um e-commerce atende bem suas necessidades.

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