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Como sustentar o crescimento na era da evolução do e-commerce?

Por: Tânia Alves

Tânia Alves já soma 26 anos de experiência em implantação de ERPs, sendo que, desses, 19 anos foram dedicados exclusivamente ao SAP Business One. Ao longo dessa trajetória, desenvolveu expertise em processos industriais, logística, qualidade, além de conhecimento e aplicação de melhores práticas do backoffice básico (contabilidade, financeiro e fiscal), arquitetura de novas soluções, apoio e acompanhamento de desenvolvimentos. Agora, a frente da Área de Engajamento, atua com o objetivo de aprimorar a experiência dos clientes, conciliando os esforços dos demais setores da empresa, mantendo sempre o cliente no foco central da Okser.

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Nos últimos anos, o comércio eletrônico deixou de ser uma alternativa complementar para se consolidar como um dos principais canais de venda no Brasil e no mundo. A pandemia de Covid-19 acelerou esse movimento de forma significativa, impulsionando consumidores a adotarem o digital como principal forma de consumo. O que antes era uma tendência tornou-se uma necessidade e, agora, um hábito consolidado.

Pessoa usando smartphone com ícones digitais de e-commerce e gráfico de crescimento, ao lado de notebook com tela de compra online.
Imagem gerada por IA.

O e-commerce brasileiro vem registrando um crescimento anual. Segundo dados da ABComm, o setor cresceu 10,5% em 2024, registrando um faturamento de R$ 204,3 bilhões. O resultado é reflexo de um consumidor mais habituado ao digital, do avanço da logística e do surgimento de novos players no mercado.

Além disso, o crescimento não se limitou ao varejo tradicional. Nichos como alimentos, bebidas, petshops, medicamentos e até veículos passaram a ganhar protagonismo online. O mobile commerce (m-commerce), por exemplo, responde hoje por mais de 70% das transações, impulsionado por apps mais leves e intuitivos.

A nova era do consumo digital

Atualmente, o foco do e-commerce está em proporcionar uma experiência de compra cada vez mais fluida, personalizada e integrada entre canais físicos e digitais. Termos como omnicanalidade, entrega expressa, chatbots com IA e recompra automatizada fazem parte da estratégia das empresas que desejam se manter competitivas.

Outro grande diferencial competitivo tem sido o uso inteligente dos dados. Comportamentos de navegação, históricos de compra e preferências do consumidor são constantemente analisados para campanhas personalizadas e estoques mais assertivos. Isso exige uma estrutura tecnológica cada vez mais conectada entre os sistemas front-end (loja virtual) e a retaguarda (backoffice).

Projeções e tendências para os próximos anos

As projeções para os próximos anos indicam uma evolução ainda mais tecnológica e centrada no consumidor. A expectativa, ainda segundo a ABComm, é que o e-commerce brasileiro ultrapasse a marca de R$ 250 bilhões em faturamento até 2027, impulsionado por ações como: integração com marketplaces globais, uso intensivo de inteligência artificial e realidade aumentada, pagamentos instantâneos via Pix e carteiras digitais, avanços logísticos com drone e lockers inteligentes, e a expansão do social commerce (vendas em redes sociais).

Dessa forma, empresas que não se adaptarem rapidamente às novas tecnologias e ao comportamento do consumidor correm o risco de se tornarem obsoletas. Com toda essa complexidade e escalabilidade, torna-se evidente que um sistema de retaguarda robusto não é mais opcional – é essencial. Ele é responsável por garantir que toda a operação ocorra com eficiência, previsibilidade e segurança.

O papel estratégico do ERP na retaguarda

Além disso, o ERP permite gerenciar estoques em tempo real em múltiplos canais, automatizar o controle de pedidos, notas fiscais, entregas e devoluções, integrar-se a CRMs, marketplaces e plataformas logísticas, bem como oferece dashboards com dados estratégicos para a tomada de decisão. Todos esses aspectos contribuem para manter a conformidade fiscal e regulatória – aspecto essencial para um crescimento sustentável.

A expansão do e-commerce é um fenômeno irreversível e em constante transformação. Se o futuro do varejo é digital, o sucesso dessa jornada está diretamente ligado à inteligência operacional por trás das telas. Investir em um sistema de retaguarda robusto, integrado e escalável é garantir que a promessa feita ao consumidor na vitrine seja cumprida com excelência na entrega.