Se tem uma coisa que essa época de fim de ano e férias traz de bom para os comércios de temporada são os turistas. Período favorável, muita gente de férias e, mesmo com a economia instável, o brasileiro não abre mão de viajar.
Resultado? Mercado aquecido e propício. Contudo, justamente por conta dessa sazonalidade, muitos comércios de temporada acabam passando por dificuldades no restante do ano, ainda mais em tempo de crise, quando o consumidor está retraído e desconfiado.
Uma solução bastante prática e possível para esse problema é a integração da loja física à uma plataforma virtual. Desse modo, as vendas não ficam restritas apenas às épocas de temporada e o empreendedor pode faturar o ano todo.
O funcionamento desse sistema é lógico: quando as pessoas viajam, elas tendem a consumir marcas e produtos dos lugares onde estão hospedados. Não é incomum ouvirmos de alguém que viajou e descobriu uma marca incrível de biquínis, roupas ou calçados.
O que o empreendedor pode fazer integrando-se ao e-commerce é conquistar esses clientes com o atendimento físico e fidelizá-los posteriormente com o atendimento virtual. Assim, aquele cliente que só compraria em alta temporada pode consumir seus produtos durante todo o ano!
Contudo é preciso fazer com que não só a aparência, mas também o atendimento e todos os outros componentes da plataforma de e-commerce estejam em conformidade com o que foi oferecido na loja física. Isso, porque o cliente precisa experimentar as mesmas sensações (ou sensações equivalentes) nos dois ambientes de compra.
É importante que a loja virtual transmita ao consumidor os mesmos valores, missão e visão que a loja física. O objetivo é levar para a experiência virtual o mesmo encantamento que foi vivido naquele momento de férias, descaso e lazer.
Ao mesmo tempo um desafio, mas também uma vantagem, já que a marca conta com uma memória afetiva do cliente como agente favorável na fidelização. Comércios de temporada têm um grande potencial de atrair o consumidor, fazê-lo comprar por genuína identificação, portanto é preciso vender não só o produto, mas também a marca e suas significações no e-commerce.
Para isso é necessário criar toda uma identidade visual, trabalhar em ações diversificadas por meio das mídias sociais, usar o e-mail marketing como ferramenta de contato com o consumidor, etc.
Uma estratégia é começar a fazer um cadastro dos consumidores que visitam e compram na loja física. Diga que em breve a marca estará no e-commerce e – se o cliente concordar – assim que ela estiver em atividade, ele será avisado em primeira mão. Se for possível, anote seus tamanhos e qual foi o tipo de compra.
Apenas com essas informações básicas já é possível segmentar a base de cliente e preparar ofertas personalizadas para o lançamento da loja virtual. Ou ainda, se a loja já estiver em funcionamento, distribua cupons de desconto exclusivos ou frete grátis.
Vale ainda, na hora de enviar as encomendas para esses clientes, enviar um mimo a mais, um brinde ou uma carta de agradecimento, tudo isso para surpreender o consumidor e fazer sua experiência de compra ainda mais completa e satisfatória.
A ideia portanto, é conquistar os consumidores a partir da loja física e fidelizá-los na plataforma virtual. Mas lembre-se: apesar de serem dois universos diferentes – físico e virtual -, o negócio em si deve ser um só: integrado e uniforme.
Desse modo, unindo-se ao universo virtual, o empreendedor pode alcançar um público que as barreiras físicas e temporais o impediriam de fazer no comércio tradicional. Além disso, vale destacar que o e-commerce vem crescendo e indo na contramão do varejo brasileiro, que nos últimos meses vem apresentando resultados negativos. Aposte!