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A engenharia que transforma negócios

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Por: Guilherme Martins

Cofundador da Eitri

Com mais de 19 anos de experiência em Engenharia de Tecnologia da Informação, Guilherme Martins é co-fundador da Eitri e um profissional de destaque no setor. Formado em Engenharia da Computação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, ele possui uma trajetória acadêmica robusta, incluindo cursos no MIT sobre "Internet of Things‬ Roadmap to a Connected World" e "IoT Internet of Things", além de uma capacitação em Engenharia de Software, Negociação e Projetos de Software também pela PUC-Rio. Guilherme ainda se especializou em Inteligência Artificial e Aprendizado de Máquina pela Texas McCombs School of Business. Ao longo de sua carreira, acumulou vasta experiência na indústria da internet, passando por empresas como B2W Digital, Ideais Tecnologia, Volanty e Calindra. Seu know-how abrange áreas como desenvolvimento em Java, Android, JavaScript e Groovy, além de e-commerce e metodologias ágeis, consolidando sua expertise em tecnologia e inovação.

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A engenharia de software deixou de ser apenas uma ferramenta de suporte para se tornar o coração da transformação digital. Não se trata mais de escrever linhas de código isoladas, mas de entender como cada algoritmo, cada sistema, cada decisão técnica impacta diretamente o resultado final de um negócio. Essa mudança de mentalidade não ocorreu da noite para o dia. Ela foi construída à medida que profissionais perceberam que a tecnologia não é um fim em si mesma, mas um meio para resolver problemas reais e escalar operações de maneira inteligente.

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Imagem: Freepik.

Importância estratégica no varejo digital

Um dos grandes saltos ocorreu quando a engenharia passou a ser vista como um pilar estratégico, especialmente em setores como o varejo digital, em que performance e escalabilidade são determinantes para o sucesso. Empresas que antes encaravam a tecnologia como custo hoje a enxergam como um diferencial competitivo. Não basta ter um sistema que funcione; é preciso que ele seja rápido, estável e capaz de crescer junto com a demanda.

A velocidade das mudanças exige que empresas e profissionais estejam sempre atentos. O último relatório DORA revela que 89% das organizações estão priorizando a integração de IA em suas aplicações, e 76% dos tecnólogos já dependem de IA em alguma parte de seu trabalho diário. Mais importante: desenvolvedores que adotam extensivamente IA generativa reportam 2,1% de aumento na produtividade, maior satisfação no trabalho e redução no burnout.

Desafios da eficiência gerada pela IA

Mas aqui está o que poucos percebem: embora a IA melhore a qualidade do código em 3,4% e a velocidade de code review em 3,1%, ela paradoxalmente reduz o tempo gasto em trabalho considerado “valioso” pelos desenvolvedores. O relatório chama isso de “hipótese do vácuo”, pois a IA está criando eficiência que libera tempo, mas esse tempo nem sempre é preenchido com atividades que os desenvolvedores consideram de alto valor.

Por trás dessa evolução, há um elemento que permanece constante: a importância de resolver problemas. A tecnologia avança, as ferramentas se renovam, mas o cerne da engenharia continua sendo a capacidade de identificar dores reais e criar soluções eficientes. O desafio não é apenas adotar IA, mas usá-la de forma que desenvolvedores mantenham controle sobre quando e como ela é aplicada, preservando o que torna o trabalho de desenvolvimento genuinamente satisfatório.

No fim, a engenharia que transforma negócios é aquela que une profundidade técnica com visão estratégica, aproveitando ferramentas como IA generativa não para substituir o pensamento crítico, mas para amplificar a capacidade de criar impacto real. Em um mundo em que a única certeza é a mudança, essa é a habilidade que continuará definindo quem está à frente.

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