Logo E-Commerce Brasil

Raia Drogasil cria programa interno e incentiva mulheres a serem desenvolvedoras de TI

Por: Júlia Rondinelli

Editora-chefe da redação do E-Commerce Brasil

Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero e especialização em arte, literatura e filosofia pela PUC-RS. Atua no mercado de e-commerce desde 2018 com produção técnica de conteúdo e fomento à educação profissional do setor. Além do portal, é editora-chefe da revista E-Commerce Brasil.

Mulheres como Luzia Grabrielly, de 25 anos, mãe de uma menina de 5, tiveram a oportunidade de perseguir o sonho de trabalhar com tecnologia

“Mas você vai viver igual a um homem, em cima dos fios?”, perguntaram para Luzia Gabrielly, 25, quando ela declarou a decisão de trabalhar como desenvolvedora de tecnologia. Luzia nunca desistiu do sonho de ser uma profissional de TI (Tecnologia da Informação), mesmo enquanto atuava como recepcionista, e, mais tarde, atendente de loja. Nem mesmo a gestação combinada com a rotina de trabalho no varejo a fizeram tirar os olhos do seu objetivo. “Sim! Sou uma mulher e sou tão capaz quanto qualquer homem”, rebateu sem perder o ânimo.

Na ocasião do diálogo reproduzido acima, Luzia era supervisora de farmácia da RD-RaiaDrogasil e acabara de ser aprovada para a terceira turma do programa de formação de desenvolvedores da rede. Assim, 2020, ano do início da pandemia de covid-19, também marca o começo de uma vida nova para Luzia.

Luzia Gabrielly, com a filha Maria Eduarda

Quero ser DEV

Iniciado em 2018, com objetivo de reforçar o planejamento estratégico que busca posicionar a RD-RaiaDrogasil como provedora de saúde integral, combinando o hub de saúde com a experiência digital e multicanal, o programa Quero ser DEV (sigla para desenvolvedores) ganhou uma nova turma em 2020, com foco em acelerar o processo de digitalização da companhia.

Podem participar do curso profissionais de diversas áreas da rede que demonstrem interesse por tecnologia e alunos “externos”, ou seja, o público em geral. O treinamento promove a capacitação em programação, oferecendo a oportunidade de trabalhar na área de tecnologia da RD. O programa já contou também com turmas específicas para formação de mulheres desenvolvedoras e para pessoas pretas e pardas em sinergia com os objetivos de diversidade e inclusão da companhia.

Aluna da terceira turma do curso promovido pela RD, Luzia teve a capacitação 100% on-line, diante da pandemia do novo coronavírus. Quando foi aceita no processo seletivo para atendente em 2017, ela já conhecia o programa de formação, o que facilitou para despertar o interesse pela área, mesmo sem contar com uma graduação específica.

“Fiz curso técnico, mas a tecnologia muda constantemente. Descobri a gravidez na formatura do curso técnico e, por isso, nem tentei fazer faculdade. Há pelo menos cinco anos eu não estudava nada”, conta.

Foi na RD que ela teve a primeira oportunidade de emprego, depois da chegada da filha, Maria Eduarda, mas sem nunca ter deixado de lado a vontade de trabalhar com TI. “Um dia chego lá”, brincava sem imaginar que o sonho se concretizaria dentro do maior grupo de varejo farmacêutico do Brasil.

Inspiração

Com a chegada da pandemia, Luzia viu sua rotina se transformar por completo, ao passar do atendimento ao público para uma atuação em trabalho remoto, integralmente em frente ao computador. A experiência foi fundamental para provocar um novo despertar da paixão por tecnologia. Uma paixão que cativa desde muito cedo. “Aos 12 anos, comecei um curso básico de informática. Foi meu primeiro contato com computadores. Logo passei a dar aulas de digitação, com o objetivo de abater no valor da mensalidade. Isso me permitia acessar o universo que, eu já sabia, um dia seria minha área de atuação profissional”, contou.

Passados os anos e, em uma turma com 20 pessoas das quais apenas cinco eram mulheres, Luzia provou que há muito espaço para elas na tecnologia. “E ainda dá para avançar muito nesse aspecto”, ressalta. Na RD e no mercado como um todo, assim como Luzia, outras mulheres têm encontrado mais espaço na área, que já foi predominantemente masculina. Um levantamento de 2021 da Gupy, empresa de tecnologia para recursos humanos, mostra que a área de tecnologia foi uma das que mais contratou mulheres em 2020, com alta de 193%. De acordo com a pesquisa, elas já representam 45,76% desse mercado de trabalho.

Em um momento em que o digital se faz cada vez mais presente e necessário, Luzia, mulher, jovem e com muitos sonhos, inspira sua filha e a muitas mulheres que querem trilhar o mesmo caminho. Principalmente, dentro da RD e da RD Marketplace das outras empresas do grupo,  que vêm estimulando o crescimento profissional de seus funcionários, especialmente das mulheres.