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Workshop da JET em parceria com o ECBR mostra como é possível vender tudo pela internet

Por: Júlia Rondinelli

Editora-chefe da redação do E-Commerce Brasil

Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero e especialização em arte, literatura e filosofia pela PUC-RS. Atua no mercado digital desde 2018 com produção técnica de conteúdo e fomento à educação profissional do setor. Além do portal, é editora-chefe da revista E-Commerce Brasil.

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“É possível vender tudo pela internet?”. Esse foi o tema abordado no workshop promovido pela JET, em parceria com o E-Commerce Brasil, para discutir a viabilidade dos negócios digitais para o varejo e a indústria. O evento, realizado em 21 de junho, na sede da Escola Superior de E-Commerce --  ESECOM, reuniu Gustavo Chapchap (CMO da JET) e dois convidados especiais:  Hygor Roque (CEO na StartEcom) e Raphael Ferrari (sócio-diretor da Sanders Digital). A expansão do comércio eletrônico é uma realidade, mas muitos empreendedores ainda têm dúvidas se o canal digital é adequado para todos os tipos de segmentos. No workshop, valendo-se de suas respectivas experiências nessa área, os profissionais detalharam as estratégias que devem ser adotadas no dia a dia para assegurar operações bem-sucedidas nessa frente. O primeiro aspecto destacado foi justamente a necessidade de os novos negócios serem baseados em planos bem estruturados, afinal, o sucesso de uma operação não será definido apenas pelo canal de venda. Ou seja, se o lançamento não for bem planejado, não fará diferença se a empresa optou por uma loja física ou por um e-commerce, uma vez que as bases não foram estabelecidas da forma adequada. O principal, então, é entender o público e a sua jornada de compra. A partir daí é que as empresas poderão explorar adequadamente o potencial de venda de cada canal. Considerando as possibilidades, os especialistas foram enfáticos: hoje não existem mais barreiras para a implantação do e-commerce. Lembrando que, neste caso, não se trata apenas do site, mas envolve mobile, WhatsApp, redes sociais, televendas, marketplace etc. Uma das dificuldades, como foi observado no decorrer do workshop, é que muitas vezes a empresa não consegue identificar os eventuais problemas na formatação do modelo de negócio e credita as dificuldades ao canal de venda. Segundo os especialistas, o empreendedor não deve se apaixonar pela sua ideia, porque isso pode impedi-lo de ter uma visão mais crítica sobre o negócio, identificando seus eventuais pontos fracos. A matriz de decisão do cliente é formada por vários aspectos e, sem a análise adequada, podem ser cometidos erros graves na formatação da operação.

Como explorar melhor o canal

O segundo macro tema tratado no workshop foram as estratégias que podem ser empregadas para explorar melhor todo o potencial do digital. Com base nas experiências que têm com seus clientes de e-commerce, os especialistas chamaram atenção para a evolução dos recursos nessa área, que hoje permitem a oferta de excelentes experiências para os consumidores. Foram citados como exemplo funcionalidades que ajudam a derrubar eventuais objeções por parte dos clientes, como provadores virtuais, realidade aumentada e serviços de busca mais refinados para a localização das mercadorias na loja. A recomendação, quando se pensa na importância da conversão da venda, é direcionar os esforços para a recompra. Afinal, se estamos na era das vendas por relacionamento, a proximidade com o cliente deve ser valorizada. Entre as alternativas que têm funcionado no dia a dia do e-commerce, foram citados como exemplo os formulários inseridos no momento do checkout. São opções importantes para que as empresas consigam obter feedbacks mais preciso do seu público e, a partir daí, elevar suas taxas de conversão, na medida em que podem executar as melhorias exigidas. Ainda pensando no canal de vendas, uma dica relevante: o público aderiu ao e-commerce e entendeu que pode se beneficiar da conveniência das plataformas digitais. Contudo, isso não significa que abandonará a loja física. Assim, para quem está abrindo um e-commerce, o ideal é “não carimbar” o consumidor. É importante entender que as jornadas de compra hoje são flexíveis e o desafio para a marca é estar disponível. Neste sentido, a busca de performance nas vendas passa pela integração dos canais, procurando aproveitar o potencial de cada ambiente. Para isso, é preciso rever os modelos, diversificando as possibilidades de atuação, colocando sempre o cliente no centro do processo. A partir daí, o e-commerce é sim viável tanto para o varejo, como para a indústria, que tem como aprimorar sua oferta, aproximando-se dos clientes, ao mesmo tempo em que mantém as parcerias com seus distribuidores. Leia também: E-commerce brasileiro cresce 3,52% nas vendas de maio em relação a abril