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Varejo aumenta vendas em março, segundo IBGE

Por: Lucas Kina

Jornalista e produtor de Podcasts no E-Commerce Brasil

Em março de 2025, o volume de vendas do varejo brasileiro cresceu 0,8% em relação a fevereiro, considerando a série com ajuste sazonal, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A média móvel trimestral apontou variação positiva de 0,6% no período encerrado no terceiro mês do ano.

Varejo aumenta vendas em março, segundo IBGE
(Imagem: Envato)

No comparativo anual, sem ajuste sazonal, o varejo registrou queda de 1,0% frente a março de 2024. O acumulado no ano teve alta de 1,2%, enquanto o indicador dos últimos 12 meses avançou 3,1%.

No comércio varejista ampliado — que inclui veículos, motos, peças e material de construção — o volume de vendas cresceu 1,9% na passagem de fevereiro para março, após retração de 0,2% no mês anterior. A média móvel trimestral foi de 1,6%. Na comparação anual, o varejo ampliado apresentou queda de 1,2%, com alta acumulada no ano de 1,1% e crescimento de 3,0% nos últimos 12 meses.

Setores com crescimento e queda em março

Seis das oito atividades pesquisadas pelo IBGE registraram crescimento em março na série com ajuste sazonal. Destaque para:

  • Livros, jornais, revistas e papelaria: 28,2%
  • Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação: 3%
  • Outros artigos de uso pessoal e doméstico: 1,5%
  • Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria: 1,2%
  • Tecidos, vestuário e calçados: 1,2%
  • Hipermercados, supermercados, alimentos, bebidas e fumo: 0,4%

Em contrapartida, móveis e eletrodomésticos (0,4%) e combustíveis e lubrificantes (2,1%) tiveram queda na comparação mensal.

No varejo ampliado, material de construção cresceu 0,6%, enquanto veículos, motos, partes e peças avançaram 1,7% no período.

Análise anual

Na comparação com março de 2024, cinco dos oito setores tiveram queda nas vendas:

  • Livros, jornais, revistas e papelaria: 6,9%
  • Outros artigos de uso pessoal e doméstico: 6,3%
  • Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação: 2,1%
  • Hipermercados, supermercados, alimentos, bebidas e fumo: 1,4%
  • Combustíveis e lubrificantes: 0,8%

Os setores que registraram alta foram móveis e eletrodomésticos (3,3%), artigos farmacêuticos (2,1%) e tecidos, vestuário e calçados (1,4%).

No varejo ampliado, veículos e motos, partes e peças recuaram 2,2%, e o atacado especializado em alimentos, bebidas e fumo caiu 3,6%. Já material de construção avançou 5,2% no período.

Destaques por setor e região

O setor de livros, jornais, revistas e papelaria acumula 11 meses consecutivos de queda anual, registrando a pior retração desde novembro de 2024. Outros artigos de uso pessoal, que inclui lojas de departamentos, joalherias e brinquedos, apresentou queda anual pela primeira vez desde janeiro de 2024.

Hipermercados e supermercados seguem com queda anual pelo segundo mês consecutivo, enquanto móveis e eletrodomésticos mantém crescimento pelo quarto mês seguido.

No primeiro trimestre de 2025, o varejo avançou 1,2% sobre o mesmo período de 2024, com crescimento em seis dos principais setores, incluindo móveis e eletrodomésticos (5,8%) e tecidos, vestuário e calçados (4,0%).

Em relação ao desempenho por unidades da federação, 20 dos 27 estados tiveram crescimento no volume de vendas na comparação entre fevereiro e março, com destaque para:

  • Paraíba (3%)
  • Goiás (2,4%)

Em sentido oposto, Amazonas (5,9%) e Sergipe (2,1%) registraram as maiores quedas.

Na comparação anual, 15 estados apresentaram retração nas vendas em março, com Rio de Janeiro (6,7%) e Bahia (5,6%) entre os mais impactados. Já Amapá (11,0%) e Mato Grosso (7,7%) lideraram as altas.