A YouGov Profiles, pesquisa feita pela YouGov, mostrou que, atualmente, 68% dos consumidores brasileiros costumam procurar preços mais baixos nas lojas, enquanto 57,7% afirmaram manter um orçamento rigoroso. Mesmo que esses números sejam altos, eles representam uma diminuição em relação aos números de 2022 (70,7% e 60,6%, respectivamente), indicando uma melhora na economia em 2023, considerando o comportamento de compras dos brasileiros.
Ainda assim, para a maioria dos brasileiros, a economia não melhorou o suficiente para que o preço deixasse de ser um fator decisivo nas decisões de compra. A pesquisa também informou que apenas 28,5% dos consumidores compram algumas marcas sem considerar o preço. O que é praticamente igual aos 28,9% registrados em 2020, sem grandes variações nas comparações ano a ano.
As únicas estatísticas significativamente diferentes foram as comparações por nicho de idade e gênero. Em relação ao gênero, 29,2% dos homens compram algumas marcas sem prestar atenção ao preço, enquanto o número de mulheres foi de apenas 27,9%.
Por nicho de idade, os consumidores de 25 a 34 anos parecem ser os mais confiantes em relação à sua situação financeira (mais de um terço compra certas coisas ignorando o preço), enquanto os brasileiros com mais de 55 anos são os mais cuidadosos com seu orçamento.
Programas de fidelidade, design e reputação da marca
Os programas de fidelidade têm conquistado o público e atraído compradores, pois 63,7% dos brasileiros que compram marcas sem levar em conta o preço também disseram que são mais fiéis às empresas que têm um programa de fidelidade. Já entre o público em geral, a porcentagem foi de 46,9%.
Entre outros atrativos, o design do produto também apareceu como como um fator determinante, onde 46% dos brasileiros que “compram sem olhar” disseram que não resistem às embalagens de alta qualidade, uma diferença de mais de 15 pontos percentuais em comparação com 30,3% da população em geral.
Enquanto a reputação da marca em si, também pareceu ser um fator importante nas decisões de compra, uma vez que pode colocar o preço dos produtos em segundo plano.
Por outro lado, as avaliações dos usuários e o fato de os produtos serem provenientes de um distribuidor ou revendedor local apareceram como fatores de menor influência nas decisões de compra desses brasileiros para os quais o preço é secundário.