A Temu voltou a enviar produtos diretamente de fábricas chinesas para consumidores nos Estados Unidos. A retomada do modelo logístico, suspenso desde maio, ocorre após uma trégua nas disputas comerciais entre as potências econômicas. As informações são do The Financial Times.

Em julho, a empresa reativou o sistema conhecido como fully managed, no qual assume a maioria dos processos de logística e o trâmite alfandegário dos vendedores. O movimento é visto como uma estratégia para reduzir custos e acelerar entregas, mesmo diante das tarifas adicionais impostas aos produtos chineses. Atualmente, a alíquota em questão está fixada em 30%, com a trégua do ‘tarifaço’ estabelecida até 25 de novembro deste ano.
Reforço em publicidade e impacto das tarifas
Controlada pela PDD Holdings, a Temu também voltou a investir em publicidade nos EUA, após ter reduzido o orçamento. Dados da consultoria Smarter Ecommerce indicam que os gastos com anúncios devem retornar ao nível anterior ao remanejamento da estratégia no país.
No caso de pacotes pequenos, a trégua comercial a cobrança de 54% em impostos. Contudo, a partir de 29 de agosto, os EUA eliminarão as isenções conhecidas como de minimis, que permitiam a entrada de pacotes de até US$ 800 sem cobrança de impostos.
Estratégia logística
Especialistas avaliam que, mesmo com as tarifas atuais, o envio direto pode ser mais vantajoso para empresas como a Temu do que manter estoques e centros de distribuição (CDs) nos EUA. Entre fornecedores chineses, os efeitos da retomada têm sido variados.
Um parceiro da província de Zhejiang afirmou ao Financial Times que a mudança aumentou a exposição da marca e as vendas. Já um vendedor de Guizhou relatou que o ritmo de pedidos ainda está abaixo do observado antes da imposição das novas tarifas.