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Serviços precisam ser conectados, diz CEO da Mastercard

Por: Alice Wakai

Jornalista, atuou como repórter no interior de São Paulo, redatora na Wirecard, editora do Portal E-Commerce Brasil e copywriter na HostGator. Atualmente é Analista de Marketing Sênior na B2W Marketplace.

Nos últimos anos, proliferaram em mercados emergentes, especialmente na África e na Ásia, serviços de transferências financeiras através de celulares, como uma forma de servir a uma grande parcela da população que está excluída do sistema bancário, mas que possui um telefone móvel no bolso.

O uso de tais serviços proporcionou mais segurança e reduziu os custos para essas pessoas. Porém, na opinião do presidente e CEO da Mastercard, Ajay Banga, isso não é suficiente. A maioria desses serviços opera hoje de maneira isolada, sem estar interconectada ou sem estar integrada aos sistemas bancários de seus respectivos países. Ele entende que é fundamental integrá-los.

“Esses serviços competem entre si. A inclusão financeira requer a inclusão no sistema bancário. Senão criamos ilhas em que os desbancarizados transacionam entre si”, disse Banga, em painel sobre inovação em mercados emergentes, durante o Mobile World Congress (MWC), nesta terça-feira, 2.

Ele citou os esforços da Mastercard neste sentido no Egito, onde um serviço nacional de m-money integrado foi recentemente costurado. Banga confirmou também que em breve será lançado um serviço de m-money no Brasil em parceria com a Caixa.

Conteúdo

A inovação também pode ajudar no compartilhamento de conteúdo móvel. É o caso de iniciativas como o Wikipedia Zero, que garante acesso gratuito à enciclopédia colaborativa digital através do celular em algumas operadoras africanas. “Imagine se todas as pessoas do planeta tivessem acesso gratuito à soma de todo o conhecimento produzido até hoje pelo ser humano? Isso pode virar realidade com o acesso à Internet por meio da mobilidade”, comentou Jimmy Wales, fundador do Wikipedia.

Mitchell Baker, chairwoman executiva da Mozzila Foundation, ressaltou a importância de valorização do conteúdo local para a inclusão social e digital. “A inclusão social virá quando a oferta de conteúdo hiperlocal for tão bacana e interessante quanto aquela de conteúdo global”, disse no mesmo painel.

Fonte: Mobile Time