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Em busca de ser uma fashiontech, Renner investe em coleção totalmente digital

A Renner tem apostado cada vez mais suas fichas no digital. A varejista gaúcha pretende se tornar uma fashiontech e, para isso, está investindo em tecnologia de ponta até atingir patamares ainda pouco explorados por empresas do setor no Brasil. As mudanças começaram pela revitalização do site e aplicativo, quando adquiriu empresas menores e nativas digitais. Além disso, também emplacou a estruturação de um braço de corporate venture de capital de R$ 155 milhões para investimentos em startups de moda. E, agora, a Renner está disposta a inovar com processos de criação de coleções inteiramente digitais.

Segundo a Exame, até o fim do ano a varejista deve investir R$ 30 milhões na digitalização desta frente. A estratégia inclui adquirir ferramentas recentes no mercado, que envolve um sistema de tecnologia 3D que proporciona movimentos realistas para a persona virtual da Renner, a Rennata. Assim como as produções de filmes, uma pessoa veste uma espécie de macacão e tem suas ações “copiadas” para a avatar da marca. O modelo é novidade, tendo em vista que essa é uma tecnologia pouco explorada e, no Brasil, é usada apenas pela Globo.

Mas esse não é o único movimento ousado da marca em busca de ser mais digital. A empresa também está investindo em softwares que farão com que o processo de criação de coleções inteiras sejam digitais. Essa estratégia promete reduzir o tempo entre a concepção de um produto e a chegada dele às prateleiras (ou e-commerces).

Ainda conforme a Exame apurou, alguns softwares “high-tech” serão capazes de entender alguns detalhes de fabricação das peças, como elasticidade do tecido e textura ao caimento em diferentes tipos de corpos, que vai proporcionar ao ambiente online um trabalho que até então era feito manualmente. Dessa forma, a empresa elimina o vai e vem das amostras físicas, torna o processo mais ágil e ainda minimiza o impacto ambiental.

Devido à pandemia, com as fábricas paradas e as lojas fechadas por conta das restrições sanitárias, as coleções da Renner acabaram se tornando mais phygital. Isso porque, um dos esforços da marca foi colocar à disposição dos fornecedores os mesmos softwares de criação de peças e avatares digitais iguais aos usados pela própria Renner no processo de criação.

Em abril, a varejista lançou sua primeira coleção totalmente digital, onde foi possível reunir em uma única coleção todas as ferramentas tecnológicas utilizadas durante o processo de criação e fabricação, além de novos recursos para a etapa de compra, como a loja em realidade virtual, que permite interação dos clientes com as peças.

Fonte: Exame

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