Reguladores antitruste da União Europeia podem estreitar o escopo de sua investigação de um ano sobre a Amazon para acelerar o caso contra a gigante do varejo online dos EUA, disseram à Reuters pessoas a par do assunto.
A divisão do caso da Amazon poderia atender às reclamações dos rivais de que os responsáveis pela defesa da concorrência demoram muito para lidar com os danos causados a eles por meio de práticas anticompetitivas e que as decisões não conseguem acompanhar os mercados em evolução.
Os reguladores da UE adotaram uma tática semelhante contra o Google, da Alphabet, primeiro abordando as reclamações sobre seu serviço de comparação de preços e, em seguida, abrindo investigações em outras áreas de seus negócios.
Investigação sobre a Amazon
A Comissão Europeia iniciou uma investigação sobre a Amazon em julho de 2019, focando se seu duplo papel como mercado para comerciantes e também como concorrente que vende os mesmos produtos pode lhe dar uma vantagem injusta.
A investigação também analisa o papel dos dados na seleção dos vencedores da “Caixa de Compra” da Amazon, que aparecem à direita das páginas dos produtos dizendo “Compre agora” ou “Adicione à cesta de compras” e geram cerca de 80% das vendas.
Mas o responsável pela concorrência da UE agora considera dividir as duas questões para se concentrar em uma, tornando mais fácil avançar com o caso, disse uma das pessoas à Reuters.
“O caso de dados parece mais fraco”, disse a pessoa, acrescentando que nenhuma decisão final foi tomada sobre dividir o caso, nem em qual ângulo focar primeiro.
A Comissão Europeia não quis comentar.
As fontes disseram também que houve um debate sobre se o caso deve ser examinado sob as regulações antitruste destinadas a combater acordos anticompetitivos como cartéis, ou sob regras para impedir que as empresas abusem de seu poder de mercado.
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