Logo E-Commerce Brasil

Práticas desleais no e-commerce estão no radar do governo, diz Geraldo Alckmin

Por: Giuliano Gonçalves

Jornalista do portal E-Commerce Brasil, possui formação em Produção Multimídia pelo SENAC e especialização em técnicas de SEO. Sua missão é espalhar conteúdos inspiradores.

Durante evento da Confederação Nacional do Comércio de Bens Serviços e Turismo (CNC), o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, destacou a preocupação do governo com práticas desleais no e-commerce. Em oportunidade, ele defendeu a atuação do Estado para garantir a lealdade concorrencial. “Quem ganha com isso é o consumidor”, afirmou.

Geraldo Alckmin, vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), participou da abertura do segundo dia do evento Sicomércio 2023, em Brasília / Foto: CNC

Logo após a fala, Alckmin garantiu que receberá as demandas dos empresários do setor terciário para resolver o problema. “Uma das razões do Estado (existir) é garantir a lealdade concorrencial, que a disputa na economia de mercado se faça de maneira leal”, reforçou.

Essa não é a primeira vez que o vice-presidente aborda a questão de lealdade no e-commerce. Em abril, ele tocou no assunto pouco depois da discussão de compras em e-commerces. Sobre os pontos que devem compor o contexto necessário para retomar uma agenda de competitividade, o vice-presidente citou três fatores fundamentais: juros, imposto e câmbio.

“O câmbio está bom. A carga tributária brasileira é elevada para o nível de desenvolvimento brasileiro, mas o que se pode fazer neste momento é simplificar. Aí vem o objetivo da reforma tributária: a simplificação diminui o Custo Brasil, diminui judicialização, traz mais segurança jurídica e desonera completamente o investimento e a exportação”, pontuou. Ele também reforçou que é preciso garantir que esse tripé funcione para promover o desenvolvimento.

Importância do comércio exterior

Nesse sentido, Alckmin destacou a importância do comércio exterior e defendeu a simplificação do sistema tributário como forma de desonerar completamente a exportação. “O comércio exterior é cada vez mais relevante no mundo”, avaliou.

Outro destaque foi a necessidade de reconquistar os países da América Latina para fortalecer o comércio intrarregional. Hoje, essa atividade representa 26%, menor índice na comparação com América do Norte (50%), União Europeia (60%) e Ásia (70%). “É onde vendemos mais produtos de valor agregado, como caminhões, ônibus e automóveis”, exemplificou.

Para tanto, ponderou a necessidade de integrar diferentes modais tanto para o comércio exterior como para a distribuição interna. “Como se tira a soja de Mato Grosso e se escoa para o norte e para o mundo? Precisa integrar modais: ferrovias, hidrovias e rodovias”.

Alckmin também falou sobre o programa Desenrola, que promove a negociação para o pagamento de dívidas e teve apoio da CNC em sua estruturação. O vice-presidente enfatizou que há 70 milhões de pessoas negativadas no País e que a taxa Selic deve ser reduzida pelo Conselho de Política Monetária (Copom). “Estamos confiantes de que a taxa Selic vai cair”, frisou, ao lembrar a importância da redução dos juros para melhorar a renda da população, em um cenário atual de inflação a 3,1%.

Fonte: CNC